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A mando de Sebastião, diretor do Deracre corta gratificações e servidores se dizem perseguidos

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João Renato Jácome

Os servidores do Departamento de Estradas e Rodagem do Acre (DER-AC) estão revoltados com o diretor-presidente do órgão, o procurador Cristovam Moura. O gestor, que perdeu a disputa para deputado federal nas últimas eleições, está cortando as gratificações dos trabalhadores, alguns deles que as recebem há anos.


A situação, segundo alguns servidores, é reflexo da “perseguição” pós-derrota nas urnas, já que Cristovam contava com a vitória e apoio dos servidores da instituição. Além disso, a alegação que está sendo dada é que a ordem partiu do governador Sebastião Viana, em nome da austeridade fiscal.


“Eu recebia essa gratificação há mais de 10 anos, da época do Binho. Eles deram porque nossos salários eram muito defasados, e como também dobrávamos o horário de trabalho, recebia esses R$ 600 reais. Como o diretor não ganhou, começou a fazer esse ‘caça às bruxas’ aqui no Deracre”, diz uma das servidoras.


Outro servidor, que atua na pasta há mais de 25 anos, também acredita que os cortes são retaliações após a derrota nas urnas, e completa: “A gente sabe que o estado passa por dificuldade, mas a gente sabe também que essas gratificações não são o real problema. Temos certeza que a questão é política nessa história”, diz.


A situação pode ficar ainda pior já que chefes de setores do órgão e servidores que trabalham dois turnos ameaçam cruzar os braços caso não recebem o que lhe é de direito. “O Deracre simplesmente vai parar, porque de graça ninguém vai trabalhar. Eu e os colegas vamos cumprir a carga-horária e vamos embora”, alerta um servidor ligado à gestão de Cristovam Moura.


Por telefone, o diretor negou que os cortes seja uma medida retaliatória aos servidores por causa das eleições. Ele esclarece que as medidas foram direcionadas pela equipe de Governo, com intuito de fechar a gestão baseada na saúde fiscal do Estado. “Temos algumas medidas para atender visando ao ajuste das contas nesse final de Governo, o que inclui obviamente a redução de custos de folha, como é o caso das funções gratificadas. Como são medidas impopulares, geram essa incompreensão, mas são essenciais para a responsabilidade fiscal”, disse.


 


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João Renato Jácome

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