A entrevista do presidente do PDT, Luiz Tchê, desafiando o PT a retirar a candidatura de vice do Emylson Farias (PDT) da chapa do Marcus Alexandre (PT) e colocar no seu lugar o deputado Jonas Lima (PT), não surpreende ninguém do meio jornalístico. É um filme pastelão velho e bisado. As relações entre Tchê e o PT sempre foram entre tapas e beijos e de muita desconfiança. Idas e vindas. Quem não se lembra do episódio do governador indo à Brasília para tirar o Tchê da presidência do PDT, para colocar o então secretário Henry Nogueira? Mas não apostem em nenhuma briga, o PDT passou o atual governo ocupando secretarias. Quanto a esta ameaça não passa de um blefe de truco, jogo que como gaúcho o Luiz Tchê (foto) conhece muito bem. Muita gritaria e pouca realidade. E outro ponto a se considerar é que o Emylson Farias (PDT) não é vice por causa da força do PDT. Não vamos criar factóides. Ele é vice por ter sido uma escolha pessoal do atual governador, do qual é da mais extrema confiança. Vamos cessar este carnaval de bumbo furado. O governador não vai agora abrir mão da cunha que pôs na chapa. E não é porque o PDT goste ou deixe de gostar.
FATO NA MESA
Sobre nota desta coluna revelando uma conversa com o deputado federal Major Rocha (PSDB), em que o tucano disse que foi procurado pelo presidente do PDT, Luiz Tchê, para uma interferência, em Brasília, para a aliança PP-PDT, publiquei porque a fonte não pediu segredo.
ESPAÇO ABERTO
Este é um dos poucos espaços no jornalismo acreano que não aceita pressões para não publicar notícias políticas. Até porque o poder passa e a coluna segue o seu caminho. Se não for ofensa pessoal publico independente de quem for o protagonista do fato.
DEPUTADO ATUA NTE
Na atual legislatura existem deputados que se notabilizaram apenas por receber o salário no fim do mês. É a chamada “bancada dos mudinhos”. Mas também tem bons deputados. Um dos mais atuantes da oposição é o deputado Luiz Gonzaga (PSDB), crítico duro do governo petista.
MARCA DO GONZAGA
O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) tem uma marca: jamais denuncia sem ter as provas. Isso o transforma num parlamentar de credibilidade, que o leva sempre a ocupar espaços na mídia.
COMPLICOU PARA O GOVERNO
A decisão da justiça trabalhista impedindo a demissão dos restantes dos servidores do Pró-Saúde é uma derrota – mesmo que a decisão não seja final – para o governador, doido para demitir todos e aliviar a folha de pagamento. Não teria caixa para pagar indenizações.
JOGA NO SEGUNDO TURNO
Não aconteceu nada, um fato novo, que se possa dizer que, o candidato ao governo, Ulisses Araújo (PSL), conseguiu encostar nos adversários até aqui favoritos para ganhar a eleição ao governo: Marcus Alexandre (PT) e Gladson Cameli (PROGRESSISTAS). As pesquisas mostram
PERDEU O GLAMOUR
Ficou surrada, perdeu o glamour a briga entre os caminhoneiros e o governo, quase todos os meses brigam, se entendem e voltam a brigar. É uma novela de finais já conhecidos.
POSSIBILIDADE ZERO
A possibilidade de uma briga entre o prefeito Ilderley Cordeiro e Gladson Cameli é zero.
CAMINHADA SOLITÁRIA
Nada mais certa do que a decisão do senador Jorge Viana (PT) em fazer uma campanha política de andanças descolada do poder e baseada apenas nos feitos dos seus governos. Seguro morreu de velho. Sabe que os tempos são outros e com um cenário complicado e adverso.
BELA VOTAÇÃO
O comentário é feito até por quem não é aliado político: a candidata á deputada federal Charlene Lima (PTB) deve sair de Sena Madureira com uma bela votação. Conseguiu decolar do zero e montar com trabalho pessoal uma base sólida no município. Tem um forte: carisma.
COMENTÁRIO PERTINENTE
O comentário ouvido ontem de uma figura experiente da FPA, sobre o último ato do PT, em Brasiléia, para discussão do Plano de governo do candidato Marcus Alexandre: “a impressão que eu tenho, Crica, é que não entenderam que mais importante que os protestos inócuos e lúdicos de Lula Livre, é a eleição do Marcus, sob pena de desemprego em massa de petistas”.
OBSERVAÇÃO FUTURISTA
O comentário acima faz sentido, porque a maioria de ocupantes de cargos de confiança fez disso uma profissão nas duas últimas décadas. A vitória do Gladson Cameli (PROGRESSISTAS), daria um xeque-mate nessas mordomias e não teria como acomodá-los dentro da PMRB.
NEM O DEDO MINDINHO
Não coloco o dedo mindinho no fogo de que o PHS deixará a FPA e se aliará ao REDE, para a disputa da eleição. É que já vi o presidente do PHS, Manoel Roque, fazer este tipo de ameaça centenas de vezes e nunca arredou o pé da FPA. Como São Tomé, prefiro ver antes de crer.
CAMPANHA COMPLICADA
Será uma campanha complicada para a candidata ao governo, Janaína (REDE), porque está com um filho novo. A foto que a mostra carregando o bebê sob uma sombrinha, fazendo campanha para o candidato ao Senado, Minoru Kinpara, em Tarauacá, foi emblemática.
MEU NOME É KINPARA
Falando no REDE, caso o partido não consiga alianças, o seu tempo na televisão só dará para o candidato a senador bradar ao estilo Enéias: – meu nome é Kinpara. Se tivesse tempo de TV como o dos partidos tradicionais o Minoru Kinpara ia fazer um estrago para o Senado.
GUERRA PARTICULAR
Será travada uma guerra surda entre os candidatos a deputado federal do PT. É que há uma convicção de que não bisarão os três parlamentares de hoje na Câmara Federal. Poderão perder uma ou duas vagas para as candidaturas da Perpétua Almeida (PCdoB) e César Messias (PSB).
TRÊS CHAPAS
A FPA vai com três chapas para deputado federal. A formada pelo PT-PCdoB-PSB e duas compostas pelos Nanicos 1 e Nanicos 2. A pulverização dos votos atingirá em cheio o PT.
SÉRIOS CANDIDATOS
Vagner Sales (MDB), Leila Galvão (PT), Daniel Zen (PT), Manoel Moraes (PSB), Maria Antonia (PROS),Edvaldo Magalhães (PCdoB) deste grupo sairá o candidato mais votado para a Assembléia Legislativa. Anotem.
OUTRA CONVERSA
O grupo de moradores que formou uma frente pela construção de uma ponte para Rodrigues Alves está ouvindo todos os candidatos a governadores para que, se ganharem, assumam compromisso pela construção. Terão a promessa de todos: difícil será cumprir a promessa.
CANDIDATA DO FLAVIANO
A deputada Eliane Sinhasique (MDB) será a candidata sobre a qual o deputado federal Flaviano Melo (MDB) colocará a mão. É o que diz, na surdina, uma das figuras mais próximas a ele.
ELEIÇÃO NO JURUÁ
Seja o Vagner Sales (MDB) ou sua mulher Antonia Sales (MDB), candidato a deputado estadual, um dos dois virá eleito só com os votos do Juruá e com uma votação muito expressiva. Sem o menor temor de errar. São muito fortes no eleitorado dos altos rios.
É OUTRA HISTÓRIA
Faz uma campanha corpo a corpo para deputado estadual. O Francineudo Costa é competitivo dentro da chapa para a ALEAC no PSDB. Tenho observado e ouvido comentários bem positivos.
SEMPRE TERÃO AS ZEBRAS
Numa eleição para senador pesa a favor ser um nome qualificado e bem visto pela população, mas se não tiver um partido organizado em todos os municípios, uma forte estrutura de campanha, bom tempo de televisão, pode se desidratar na disputa. A não ser que vire zebra.
FALANDO DE ZEBRAS
E falando de zebras guardem entre quatro ou cinco vagas na Assembléia Legislativa para candidatos que serão eleitos e sem estar em nenhuma lista de favoritos. As zebras geralmente saem dos partidos nanicos e vêm ancoradas em votações no interior.
VAGAS ABERTAS
Na eleição deste ano quatro vagas estarão abertas na ALEAC, de deputados que teriam chance de reeleição e disputarão outros cargos eletivos. Chagas Romão (MDB) não é candidato a nada. Ney Amorim (PT) a senador. Eber Machado (PDT) e Jesus Sérgio (PDT) a deputado federal.
COMPLICADO PARA MEDALHÕES
Esta eleição vem com componentes que poderão eleger figuras não tidas como favoritas. É muito partido nanico, muita coligação para estadual no jogo. E com a novidade de que deputados poderão ser eleitos com a maior sobra. Não é bom para os chamados medalhões.
VERDADEIROS COMÍCIOS
Em boa hora a recomendação do MP Eleitoral para que acabem as campanhas políticas nas igrejas evangélicas, sob pena de punição. Em sua maioria os pastores faziam dos púlpitos palanques para os seus candidatos. Tinha virado um verdadeiro abuso.
ALÉM DA EXPECTATIVA
Ouvi muitas críticas que pelo fato da sua carreira ter sido principalmente em cargos técnicos na Universidade Federal do Acre, a prefeita Socorro Nery não teria o pique para enfrentar as demandas de uma cidade de muitos problemas como a Capital. As previsões não se confirmaram. Não houve descontinuidade nos trabalhos do antecessor e com planejamento já se nota muitas ações nas ruas da cidade. O que deve também ser debitado como fator positivo para a sua imagem é a serenidade como toma decisões, como nos casos do Estatuto da Família e do reajuste no preço das passagens de ônibus. Nunca sendo unilateral. É um bom começo e uma mostra que mulheres também podem ser boas gestoras no Executivo. Vem provando.
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