A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, do Ministério Público Estadual (MPE), decidiu tirar de suas gavetas o inquérito para apurar suposto caso de corrupção nas obras de reforma do extinto Hospital de Base e do Pronto Socorro de Rio Branco, durante o governo Orleir Cameli (1994-1998).
Além do ex-gestor, morto em 2013, são investigados o secretário de Saúde à época, José Bestene, e os empreiteiros responsáveis pelas obras. Segundo a denúncia, estes contratos renderam às empresas US$ 1 milhão de forma ilícita. As empreiteiras, conforme a investigação, foram selecionadas sem o devido processo licitatório. O possível caso de corrupção completou 23 anos no começo deste mês.
De acordo com o promotor Bernardo Alberto, ilícitos como estes não sofrem prescrição. Sobre a razão de somente agora o caso ser investigado, ele explica que sua promotoria vem tirando da gaveta procedimentos que estavam há muito tempo parados.
Orleir Cameli é tio do senador e pré-candidato ao governo Gladson Cameli (PP), líder nas pesquisas de intenção de voto. Já José Bestene é o presidente da executiva-estadual dos Progressistas.
Procurado para comentar o assunto, Gladson Cameli afirmou que não se pronunciaria.