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Situando a disputa sem paixões

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

Não contesto os dados das pesquisas realizadas até aqui pelo DELTA e DATA-CONTROL de que há um empate técnico, com o candidato da oposição um pouco na frente, mostrando uma disputa que deve ser acirrada até o seu final entre Marcus Alexandre (PT) e Gladson Cameli (PP). Assim como é palatável que Gladson deve vir do Juruá com uma boa vantagem sobre o adversário, não é palatável em nenhuma lógica que, em Rio Branco, reduto principal do PT, onde está situada a máquina de fazer votos que é o Governo e PMRB, o Marcus apareça vencendo por apenas 1% seu principal adversário. É irreal. Você não pode também deixar de fora numa análise os votos dos demais municípios. A vitória do atual governador foi decidida no interior. A análise política deve ser situada num contexto frio e sem paixões partidárias: esta é uma eleição que será decidida por detalhes ao longo da campanha. É muito cedo para fazer afirmações que A ou B é favorito ou que A ou B vai ganhar no primeiro turno. A campanha com todos os seus lances, com todas as pedras na mesa, ainda não começou. Não se sabe o que vai acontecer. Um fato negativo, uma ação escorregadia de um candidato, pode sim modificar todo o panorama de uma pré-campanha. Por isso recomenda-se aos candidatos que estão polarizados que não coloquem a cerveja para gelar. Este é o quadro real. No mais são opiniões de apaixonados torcedores e de cabos-eleitorais de ambos os lados.


DENÚNCIA GRAVE
Não sei baseado em que fatos. Mas é grave, muito grave, a denúncia feita ontem pelo deputado Gehlen Diniz (PP) de que a cúpula da Segurança fez um acordo com as facções, trocando benesses no presídio pelo não terror na cidade. Seria a capitulação do Estado.


FICO COM OS AGENTES
Sobre a versão do FANTÁSTICO de que em alguns pavilhões os agentes penitenciários não entram sem a presença do BOPE, há muito vem sendo denunciado pelos próprios agentes. Claro que se chegar uma tropa de choque da PM vai entrar em qualquer pavilhão. É outra história. Fico com a versão dos agentes penitenciários.


CENTRANDO EM DOIS LADOS
Toda moeda tem dois lados. É verdade que o governo investiu nas forças de segurança na compra de equipamentos, melhorou o seu setor de inteligência, tem alto índice de resolução de crimes, são policiais honestos, não são omissos, mas não se pode varrer para debaixo do tapete que o Acre virou sim um Estado violento assim como violenta é Rio Branco. Ponto.


RENOVAÇÃO
Pesquisa do DATA-FOLHA mostrou que o eleitor quer renovação na política. Quando se fala em renovação não é pela idade, mas pela qualidade de novas idéias. O povo cansou da mesmice.


PARTE DO JOGO
O vereador Roberto Duarte (MDB), que tinha dito que não apoiaria a candidatura do Márcio Bittar (MDB) ao Senado voltou atrás. Tiveram uma conversa apaziguadora. Nada de anormal, este tipo de situação faz parte do jogo político, onde nada é imutável. São do mesmo partido.


SITUAÇÃO DIFÍCIL
Ficaria uma situação difícil ao vereador Roberto Duarte (MDB), que disputará uma vaga de deputado estadual, entrar na campanha, rompido com o único candidato a senador do seu partido. O ex-prefeito Mauri Sérgio foi peça importante para que Duarte e Bittar fumassem o cachimbo da paz.


A DEUSA DO TCHÊ
O presidente do PDT, Luiz Tchê, fazia ontem desafios numa roda na ALEAC uma previsão sem bola de cristal: de que a candidata Silvia Brilhante (PMDB) derrotará todos os candidatos da Chapa 2 da FPA, formada por partidos nanicos. Diz ser a candidata da máquina do governo


VÃO DISPUTAR A ELEIÇÃO AMARRADOS?
Vamos esmiuçar em três pontos a exaltação do presidente do PDT, Luiz Tchê: primeiro tem que convencer os candidatos da chapa a disputarem a eleição com pés e mãos amarrados. Depois combinar com as urnas. E sou cético quanto a ser ela a privilegiada da máquina estatal.


OUTRO COMPONENTE DA SEGURANÇA
É verdadeiro que as Forças Armadas se omitem em não criar uma faixa de vigilância da fronteira acreana, por onde entram drogas e armas do Peru e Bolívia. Mas é falso como uma nota de 300 reais se jogar tudo isso, na conta do presidente Temer. Os governos do Lula e da Dilma também fizeram cara de paisagem para esta situação. Não politizem, pois, esta questão.


ATITUDE DECENTE
A vereadora Lene Petecão (PSD) tomou uma posição decente, mesmo sendo oposição e contrária ao aumento do preço da passagem de ônibus, ao defender a figura da mulher Socorro Nery, agredida nas redes sociais. A prefeita é criticável, a sua honra, jamais!.


MUITO NATURAL
Nada mais natural que a reeleição do deputado Daniel Zen (PT) seja prioridade dentro do seu partido e do próprio governo, ao qual sempre defendeu com convicção ante aos ataques da oposição. O Zen está naquela pequena cota de vida inteligente dentro do PT, com mandato.


NÃO É MAIS PREFEITO
Não há motivo para cobrar posição do ex-prefeito Marcus Alexandre sobre o aumento da passagem de ônibus. No momento que renunciou ao cargo se descolou das suas atribuições.


NEM DE LEVE
Esta apuração sobre superfaturamento na compra de sanduíche X-Tudo pelo DETRAN, não atinge o ex-diretor Pedro Longo. A compra foi licitada pela Comissão de Licitação do Governo. E ademais porque o Longo é um cidadão acima de qualquer suspeita. Um homem honrado.


CAMPANHA NA RUA
O candidato a deputado estadual Gemil Junior lança a sua candidatura em ato programado para o AFA Jardim, dia 21 deste mês. Gemil tem o apoio do Pastor Agostinho Gonçalves da Igreja Batista do Bosque. Não é só isso que o torna competitivo, é um nome respeitável.


MAIS DETESTADO DO BRASIL
O Ministro Gilmar Mendes do STF aparece na pesquisa do Ipsos, comentada na revista VEJA, como a figura mais detestada do Brasil, com 83% de rejeição popular. Destronou o Temer.


REGISTRO ATENDIDO
Manoel  Izo (PSDC) pediu registro na coluna de que é candidato a deputado estadual.  Registro feito. O espaço aqui é aberto e democrático aos novos candidatos e aos medalhões.


TEM GENTE QUE NÃO GOSTA
“Sem a imprensa livre Estado e Justiça não funcionam”. Frase da Ministra do STF, Carmen Lúcia. Claro que a maioria dos que estão no poder não gostam, prefere uma imprensa dócil e subserviente e que tem como pauta apenas o elogio farto e barato. Os tempos são outros.


CHAPA 2 DA FPA
Chicao Brígido (PPL), Jarbas Soster (PHS), Fernando Melo (PROS), Merla (PSOL), Henrique Afonso (PV), Manuel Marcos (PRB), Railson (PODEMOS), Silvia Brilhante (PMB), Chicarlos (PRP), Charqueiro (PSOL) e Francisco Pianko (PSOL). Esta é a Chapa2 da FPA para a Camara Federal.


PAUTA POLÍTICA
Por tudo o que se falou e ainda vai se falar da violência na cidade e no Estado, o tema será puta principal de todos os candidatos ao governo pela oposição. Não há como fugir dele.


MEXE PROFUNDAMENTE
A declaração do presidente do PDT, Luiz Tchê, feita ao colega Nelson Liano, que numa hipótese da aliança nacional do PDT com o PP pode ir para o palanque do candidato Gladson Cameli (PP) e neste caso a candidatura do Emylson Farias (PDT) de vice do Marcus Alexandre (PT) estaria rifada, mostra que a política é dinâmica. Seria uma mexida maluca no tabuleiro.


CONTATO DIRETO COM O ELEITOR
Está estratégia do candidato Marcus Alexandre na pré-campanha está bem clara.


NÃO ESQUECE
Vai e volta é o ex-deputado Luiz Tchê relembra o episódio em que o atual governador tentou lhe tomar o partido, para colocar como presidente seu então secretário Henry Nogueira.


QUER NEGOCIAR
Conversei com três dirigentes de partidos nanicos sobre este episódio e todos unânimes: “o Tchê quer negociar mais do que já negociou os cargos que o PDT tem no governo”. Vixe!


PESQUISAS INTERNAS
Pesquisas internas de um partido da oposição rolando nos bastidores. Prefiro esperar os números do final de julho, quando os candidatos estarão com as suas campanhas nas ruas.


APOSTANDO NO DEBATE
A cúpula do PT aposta as suas fichas que nos debates na televisão o candidato ao governo, Marcus Alexandre (PT), poderá levar uma ampla vantagem sobre Gladson Cameli (PP), para solidificar a sua candidatura. Debate não decide eleição, mas mostra a qualidade do candidato.


CONVERSA AVANÇADA
Há uma conversa avançada para um partido nanico da FPA, deixar a aliança e ir para a oposição. É a chamada expectativa de poder. Há pouca chance de não debandar.


A QUESTÃO É POLÍTICA E JURÍDICA
Esta encenação toda em torno de uma fictícia candidatura do Lula à presidência só tem um objetivo, o de deixar o partido na mídia até a eleição visando uma transferência de votos, para quem o partido for apoiar. Até o vigia do diretório do PT sabe que a questão também é jurídica e de que ele está fora do jogo, por ter condenação em segunda instancia e ser Ficha-Suja. Ainda agora teve novos recursos rejeitados pelos tribunais superiores para ser solto e disputar a eleição. No mais é fazer carnaval e batucada com bumbo furado.Lula está fora do jogo.


 


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Luis Carlos Moreira Jorge

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