Enquanto os pré-candidatos ao governo do Acre, Gladson Cameli (Progressistas)e Marcus Viana (PT) sinalizam com um possível acordo para evitar ataques durante a campanha eleitoral, o mesmo poderá não acontecer entre os pré-candidatos a vice Major Rocha (PSDB) e Emylson Farias (PDT). No início da noite de terça-feira (17) a assessoria de Rocha encaminhou um release relatando a devolução de um emenda de R$ 2 milhões de reais para a implantação do colégio militar. Ele atribui a culpa a Farias, ex-secretário de segurança pública e ao governador Sebastião Viana, do PT.
Para Major Rocha, a administração petista do Acre agiu com incompetência, leniência e estaria fazendo uma perseguição contra o povo do Acre, que resultou na perda de R$ 2 milhões para a implantação do colégio militar. “Mesmo com a emenda apresentada, liberada, empenhada, o projeto aceito pela gestão do Programa Calha Norte, o Estado do Acre não apresentou os requisitos finais e dois anos depois os recursos não mais estão disponíveis para o estado”, destaca o deputado federal, ao afirmar que a administra estadual petista estaria se recusando a receber recursos de emendas apresentadas por oposicionistas.
Segundo Rocha, o governo do Acre assinou o convênio para o recebimento da emenda, com o plano de trabalho para usar os recursos no Colégio Humberto Soares, mas mesmo sendo pedido apenas plano de trabalho, já assinado, a licença ambiental e o documento do terreno, o prazo terminou e o recurso foi perdido. Para responder pela programa das escolas militares, Sebastião Viana teria nomeado Emylson Farias para gerir o convênio. “Esse mesmo Emylson que disse não precisar da Polícia Militar do Estado do Acre e agora é o responsável pela perda dos recursos tão necessários para o povo do Acre”, diz Rocha.
Emylson Farias rebate e afirma que “a destinação da emenda parlamentar tinha como finalidade a construção de um campo de futebol, pista de corrida, vestiários e uma piscina olímpica na Escola Humberto Soares. Ocorre que por uma necessidade técnica relacionada à insuficiência do espaço físico do local e também para possibilitar o acesso da população mais carente a esta exemplar modalidade de ensino foi tomada a decisão de instalar o Colégio Militar no Bairro Calafate, com um investimento do Governo do Estado da ordem de R$ 6 milhões”.
Major Rocha retruca e destaca que “este governo perseguidor usam de interesses políticos para atingir a oposição e finda por prejudicar a população. Perdem recursos financeiros importantes fazendo perseguição aos parlamentares que não pedem a benção a eles e prejudicam o nosso maior patrimônio: os jovens em idade escolar”. O deputado tucano alega que a questão estava se arrastando por muito tempo, por várias vezes ele e a diretoria da Associação dos Militares oficiaram ao então responsável pelo projeto, Emylson Farias, mas sem resposta”.
Farias destaca que Rocha não conhece o projeto elaborado pelo governo para instalação do colégio militar. “Nestas novas instalações do Calafate, para que fosse possível a construção da piscina e do campo, seria necessário um aporte de R$ 4 milhões devido às condições do terreno. Infelizmente os valores empenhados inicialmente não atendem ao novo projeto elaborado. O Governo do Estado criou 2 colégios militares um da PM e outro do Corpo de Bombeiros e grande número de alunos estão tendo acesso à uma educação diferenciada”.
Rocha ressalta que “o Colégio Militar sempre foi um sonho de todo acreano que acredita na educação. Infelizmente o governo do Acre agiu com desinteresse e perdeu uma emenda importante que auxiliaria a implantação daquele colégio, que atenderia não só aos estudantes oriundos da família militar, mas a toda população acreana. E ainda assim o ex-secretário de segurança, Emylson Farias deixe escorrer pelo ralo do esgoto do mau gestor uma emenda de R$ 2 milhões, que coloquei em 2015 para implementação do Colégio Militar do Acre.”
Para Emylson Farias, “sobre os recursos citados pelo deputado federal Major Rocha, cumpre esclarecer que em nenhum momento foram disponibilizados ao Estado e, por isso, não estão sendo devolvidos. Caso o parlamentar realmente tenha interesse em ajudar a Segurança Pública do Acre poderá articular para empenhar recursos para contemplar o novo projeto ou mesmo utilizar os atuais para atender outras demandas da Segurança, não ficar tentando passar para opinião pública que o projeto dependeria de suas emendas”, finaliza.
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