Prevista para ser inaugurada até o final de 2018, a ponte sobre o rio Madeira atualmente tem 69% de sua obra física pronta, mas a falta de revisão e aprovação de um dos projetos, ainda não garante a conclusão em definitivo até o prazo estabelecido. A construção da ponte que começou em 2014, mas há décadas sempre foi um sonho definitivo de ligação por terra do Acre ao restante do Brasil, teve seu orçamento inicial girando em torno de R$ 128 milhões, chegando a quase R$ 150 milhões em valores atualizados até o momento.
A obra é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) de Rondônia que contratou a JDS Engenharia e Falcão Bauer como consórcio supervisor, além da empresa ArteLeste como construtora. O que garante uma execução da obra com mais qualidade e fiscalização intensas em cada etapa.
De acordo com o engenheiro de produção da construtora ArteLeste, Max Barbosa, neste período de chuva vem sendo feito o que é possível. “Tem dias que com as intensas chuvas não há como trabalhar, mas estamos dando seguimento dinâmico à obra garantindo sempre a total segurança. Atualmente temos toda a estrutura de lages e vigas prontas, faltando somente um dos BES para a construção de mais um dos pilares”, explica o engenheiro.
O engenheiro supervisor da JDS e Falcão Bauer, Fernando Arantes, destacou as principais dificuldades de se fazer a ponte sobre o rio Madeira. “Temos aqui uma região com suas situações climáticas totalmente diferente. O rio Madeira é muito perigoso pelo tipo de material que transporta em suas águas, as madeiras passam a todo instante pelo leito do rio, isso para trabalhar exigi uma atenção ainda maior. A região não tem produção do material que precisamos para a construção, tudo vem de outras fora. Estas são as principais dificuldades que estamos superando para concluir esta importante obra para esta região amazônica”, destacou Arantes.
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Segundo os engenheiros as obras da ponte em sua parte física ficarão prontas até o final deste ano, mas um projeto que corresponde à parte dos acessos “cabeceiras” falta ser aprovado em Brasília, o que garantiria uma entrega completa da obra até o final deste ano. Mas o projeto precisa ser aprovado até o mês de abril para que as empresas tenham garantias de concluir o serviço até o final de 2018.
O engenheiro supervisor da obra, Fernando Arantes, destacou que por conta da ultima enchente do rio Madeira que atingiu parte da área de acesso da ponte “as cabeceiras” que estavam estipuladas a 94 metros do leito do rio foi modificada pelo DNIT para 100 metros depois da enchente de 2014. O que dentro do planejamento da obra acabou afetando o que estava definido para a região.
“Temos ainda a indefinição dos projetos, que falta a aprovação que estão em analise em Brasília. Havendo a autorização para a execução, daremos inicio as obras do acesso da ponte para garantir a entrega completa da obra”, explica o engenheiro.
Fernando destaca ainda que o projeto inicial dos acessos teve que ser modificado por conta da ultima enchente. “Foi verificado que estava estipulado no planejamento caso acontecesse uma nova enchente igual à de 2014 os acessos à ponte ficariam submersos. Por conta disso o projeto teve que ser modificado junto com a projeção dos acessos. Estamos aguardando a autorização para executarmos o serviço”, finalizou o supervisor.
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