Menu

Pesquisar
Close this search box.

Governo do Acre descarta cheia do Madeira igual a de 2014, mas quer regulação na operação das hidrelétricas

As usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, são, hoje, para o governo do Acre a maior preocupação no contexto de um eventual alagamento da BR-364 no trecho que liga o estado vizinho ao Acre.


Já admite-se que as duas usinas, se não reguladas conforme o volume das águas nas lagoas localizadas às margens da rodovia, podem provocar um alagamento.


Na tarde desta sexta-feira, 12, a governadora em exercício Nazareth Araújo informou, durante coletiva na Casa Rosada, que o governo do Acre está cobrando formalmente que as hidrelétricas reduzam a atual operação abrindo suas comportas para evitar um eventual transbordamento repentino das lagoas.


“Nós sabemos que hoje as hidrelétricas estão trabalhando com força total, cerca de 99,8% de potência. Nós queremos que haja um controle para não agravar a situação do rio Madeira. Ela tem inclusive uma situação artificializada em função dessa vazão. Até 2015, 2016, houve um controle desse funcionamento. Até o momento vem se fazendo um controle desse funcionamento”, disse Nazareth.


Com base em estudos técnicos e previsões de especialistas, não risco, pelo menos no momento, de alagamento da BR-364, no trecho que liga o estado vizinho ao Acre. Mesmo assim, o governo quer que as usinas garantam a regulação.


Há equipes do Corpo de Bombeiros e do Dnit monitorando a situação do rio. A uma Sala de Situação com diversos órgãos sendo criada. A maior preocupação no momento é o rio Abunã, tributário do Madeira, que alcançou nesta sexta-feira, pela manhã, 19, 96 metros, informou o coronel Batista, da Defesa Civil Estadual, que acompanha a situação de perto.


“No momento não há grandes precipitações. E há riscos desde que a usina não faça a regulação”, disse Batista.


Já os empresários não querem ser pegos de surpresa, apesar das previsões meteorológicas que no momento descartam uma cheia semelhante à de 2014, que deixou o Acre isolado do resto do país. Os empresários locais falam em se antecipar a uma eventual interdição da rodovia e ao mesmo tempo evitar providências de última hora.