O governo federal registrou deficit de R$ 169,9 bilhões nos 12 meses encerrados em setembro. O resultado é R$ 10 bilhões superior à meta de deficit prevista para este ano, de R$ 159 bilhões.
Porém, é melhor que o registrado em agosto, de R$ 172,8 bilhões.
O Tesouro Nacional, no entanto, alterou os fluxos de pagamento de precatórios neste ano, o que concentrou despesas no primeiro semestre.
Desconsiderado esse efeito, o deficit acumulado em 12 meses é de R$ 151,6 bilhões, segundo cálculos do governo.
No mês de setembro, o deficit foi de R$ 22,7 bilhões, um recuo de 12% ante o mesmo mês do ano passado.
Segundo o Tesouro, houve um incremento de R$ 8 bilhões nas receitas do Tesouro no mês ante setembro de 2016. E isso se deveu, principalmente, ao aumento da arrecadação com o Refis e com o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis, que responderam por mais da metade do aumento da receita.
Os efeitos da recuperação econômica sobre a receita também contribuíram.
Já as despesas cresceram menos que as receitas no mês —3,6% em relação a setembro de 2016.
O Tesouro ressalta o aperto que está sendo feito nas despesas sem regras automáticas de desembolso e correção, os chamados gastos discricionários. Em setembro, eles baixaram ao mesmo nível de oito anos atrás (2009).
Estão incluídas nessas despesas gastos com investimentos e manutenção de prédios públicos e estradas, além de gastos com políticas de meio ambiente, segurança pública, ações de combate à seca, entre outras.
Neste ano até setembro, enquanto as despesas totais do governo subiram 0,7% ante o mesmo período de 2016, as despesas discricionárias recuaram 14%. O investimento encolheu 36%.