Vamos deixar a ingenuidade de lado e fazer uma discussão em fatos reais. É normal em toda casa parlamentar a maioria impor a sua vontade à minoria. Não existe nenhum santo neste jogo. Todos sabiam desde o início da CPI dos Transportes Coletivos que, pelo fato da base do prefeito Marcus Alexandre ser amplamente majoritária na Câmara Municipal de Rio Branco, ela teria a presidência e a relatoria. E que o relatório, fossem quais fossem os fatos levantados, seria favorável e isentaria a PMRB. Não se faça a oposição de surpresa! Se a oposição achar que, há algo que incrimine a relação entre a PMRB e o empresariado é bater às portas do MP. Se protestar com pizzas é perfeitamente normal, não aceitar o resultado é perfeitamente normal e é o papel da oposição, que o exerceu ao criar a CPI, questionar e denunciar. Mas, como bem disse o líder do prefeito, o vereador Eduardo Farias (PCdoB) – foto – na democracia é normal ter um vencedor no embate e na votação política: vence quem tem a maioria. Foi e sempre será assim, não importando o partido ou o grupo que tenha a bancada majoritária. Os mais novos na política vão aprender que é assim que funciona o Parlamento.
Deixou de ser puxadinho
Neste episódio há que se destacar um ponto: a bancada da oposição na Câmara Municipal, principalmente, com os vereadores Roberto Duarte (PMDB), N.Lima e Lene Petecão, mesmo em minoria conseguiram dar vida aos debates e a Casa não é mais um puxadinho da PMRB.
Debate livre
Destaque-se também a condução dos trabalhos pelo presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Manuel Marcos (PRB), que deixou o debate entre oposição e a base do governo livre e sem colocar um entrave. Agiu como devia ser, como um magistrado.
Ao Rocha o que é do Rocha
Esta condenação de nove anos e meio do ex-presidente Lula surgiu por causa de uma denúncia formulada pelo deputado federal Major Rocha (PSDB) ao MPF, que virou processo e veio a sentença. O Rocha jamais deve ter imaginado que daria o desdobramento nacional que deu.
Mídia nacional
Este fato rendeu ao deputado federal Major Rocha (PSDB) menção na grande mídia nacional.
Verdade sobre o PSDB
O ex-tesoureiro do PSDB, Edson Siqueira, mandou uma nota à coluna esclarecendo de vez os fatos sobre o que está acontecendo no partido. Para ele é “mentira” do ex-presidente deputado federal Major Rocha (PSDB) de que foi sacado ou destituído da Executiva. A ex-Executiva composta por ele (Rocha) como Presidente, vice o deputado Luiz Gonzaga, 1º Vice Alberto Furtado, 2º Vice Marieldo Alves, secretário-geral Correinha e todo o diretório regional teve o mandato expirado no dia 17/06/2017. E que a certidão está disponível no TRE-AC.
De quem é a culpa?
Edson Siqueira diz que no caso “os culpados somos nós da Executiva”, comandada pelo ex-presidente Major Rocha. Falta humildade, honradez e caráter do nosso ex-presidente em assumir a verdade…..E nós comandados pelo ex-Presidente, por incompetência não conseguimos e perdemos o direito de realizar convenções e prorrogar o mandato até maio de 2018. Está é a verdade. Agora está na mão da direção nacional. Lembra que esta Executiva atingiu um pífio desempenho eleitoral no mandato de 2 anos. É o que afirma Siqueira.
O que isso mostra?
Este desabafo do ex-Tesoureiro do PSDB, Edson Siqueira (PSDB), só veio comprovar comentários anteriores de que, o partido, no Acre, se tornou uma grande bagunça, tanto que está sem a Executiva e o diretório nomeados. O PSDB é esta bagunça que todos estão vendo.
Aguardar nacional
Com todo mundo fora dos seus cargos o PSDB, no Acre, funciona hoje como um partido fantasma. Enquanto a direção nacional não nomear a nova Executiva continua o marasmo.
Todo mundo sabia da arapuca
Quando se criou o Pró-Saude se alertou que era um mostrengo jurídico que atentava contra as normas da legislação trabalhista. E que mais cedo ou mais tarde o seu funcionamento seria proibido. E foi o que aconteceu com a decisão da Justiça do Trabalho de demitir todos os servidores da unidade. Tem que se lamentar pelas centenas de profissionais desempregados.
Estava resolvido
Se o governo tivesse feito concurso público este problema não estaria acontecendo.
Nada oficial
O secretário de Saúde, Gemil Junior, até ontem não tinha recebido qualquer comunicação da sentença proferida na Justiça do Trabalho proibindo as atividades do Pró-Saúde. E que por isso não poderia se manifestar a respeito. O certo é que é um caso concreto. E o governo ganhou um grande abacaxi para descascar.
Nada de concreto
Até ontem a CPI da SEHAB não tinha recebido nem da Polícia Civil ou do MPF as cópias do processo que apura a venda de casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, e continua de mãos atadas. E do prazo de 90 dias para o seu encerramento 30 dias já se foram.
Expectativa zero
Não tenho nenhuma expectativa de que esta CPI da SEHAB consiga chegar a um denominador.
Máquina afinada
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ney Amorim (PT), conseguiu fechar este período legislativo que hoje se encerra afinado e colocando em votação as matérias que chegaram na Casa. O positivo também é que as comissões funcionaram bem como nunca.
Debates sem baixaria
O mais importante é que a ALEAC não foi neste período algo parado, ao contrário, os debates foram ativos entre a oposição e a base do governo, se denunciou, se cobrou, se votou, projetos foram apresentados, enfim, sem baixarias e como muito mais pontos positivos. O presidente da ALEAC foi extremamente democrático com os debates no plenário.
Órfão de um líder
Sobre o Alto Acre, um colégio eleitoral importante, um fato há a se destacar e que já toquei no assunto mais de uma vez: não conseguiu aparecer uma liderança na oposição com a mesma malícia na estratégia de campanha, mais agregador, um craque nos bastidores, desde que o ex-prefeito Aldemir Lopes saiu de cena. E não vejo ao curto prazo o preenchimento do espaço.
PT bem situado
O PT está bem servido com a deputada Leila Galvão (PT), que virou uma líder política da região e Brasiléia tem uma prefeita como a Fernanda Hassem (PT), que começa a mudar a cara da cidade, tirando aquele ar fantasmagórico.
Otimista com o resultado
Conversei ontem com a deputada Leila Galvão (PT) sobre a eleição da reserva extrativista que pega os moradores dos ramais do 84 e 59. Moram mais de mil famílias. Está muito otimista que o seu grupo político vai ganhar a eleição para a direção do sindicato, com a xará Leila.
Jesus encafifado
O deputado Jesus Sérgio (PDT) voltou ontem a manifestar extrema preocupação com o que ele chama de “trabalhos lentos” na recuperação dos trechos críticos da rodovia 364, entre Sena Madureira e Tarauacá, pelo DNIT. Teme que o inverno chegue e não haja a conclusão dos serviços, com a lentidão dos trabalhos. Está descrente também com a falta de recursos para obras entre Tarauacá-Cruzeiro do Sul. Na sua avaliação existem poucas frentes de trabalho.
Ninguém está acima da lei
Nada mais natural num processo criminal a absolvição ou a condenação. O fato do Lula ser condenado a 9 anos não é nada atípico, pelo fato de que, ninguém está acima da lei. E dentro do processo legal terá direito a recurso. Não cabem, pois, discussões e picuinhas ideológicas. Não sei o motivo de tanto estardalhaço com a sentença exarada pelo Juiz Federal Sérgio Moro. Lula não é Deus. Alguém pode até querer que ele seja, mas não é. Como humano é regido pelas leis dos homens. O que ocorre é que antes do aparecimento de figuras jurídicas isentas e fortes como a do ex-Ministro do STF, Joaquim Barbosa, no MENSALÃO; e agora, o Juiz Moro na LAVA-JATO, o fato de alguém ser um figurão político ou empresarial era um passaporte para a impunidade. Os tempos são outros, não há mais lugar para castas inatingíveis pela justiça. Perante a lei o Lula é igual ao seu João da Taberna. Não entenderam isso? E que esta mesma lei atinja o restante da classe política que está envolvida em crimes e indiciada na Lava-Jato, se for o caso. Este fato pode ter até repercussões políticas, mas não é um caso político. Mas jurídico. O resto é discussão de apaixonados ideológicos e de militantes partidários. Só que o vale para o Lula deve valer também para o restante da classe política acusada na Lava-Jato.