Os vereadores de Rio Branco que assinaram a CPI que pretende investigar as relações contratuais entre a prefeitura de Rio Branco e as empresas de transporte coletivo foram ameaçados ontem por sindicalistas, na própria sede do poder, com a chantagem de que, se não recuassem nas investigações, retirando as assinaturas no documento iriam fechar ruas e pontes da capital. Ainda bem que nenhum vereador cedeu à ameaça e todos mantiveram para a próxima semana a abertura dos trabalhos, com a montagem das comissões. A argumentação dos sindicalistas é tosca, desprovida de razão, porque a CPI não vai redundar em desemprego. Isso é uma falácia de algum empresário. O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Manoel Marcos (foto) tem que ser duro na defesa do que é mais sagrado para um vereador que é a liberdade de expressar a palavra e de legislar. Quem quiser fechar ruas, pontes, que feche, pois, existe autoridade policial para agir. Nós vivemos numa democracia em que o Legislativo é um dos seus pilares. Se algum vereador resolver retirar a sua assinatura do documento, rasgue primeiro o seu diploma, peça desculpas aos eleitores que o elegeram e volte para a sua casa. Porque a partir deste momento ficará plenamente desmoralizado.
Sem recuar, sem temer
O vereador Roberto Duarte (PMDB) foi taxativo ontem ao falar do episódio, onde diz que os vereadores se sentiram ameaçados no seu direito de legislar e exigiu uma posição de repúdio por parte da mesa diretora da Câmara Municipal de Rio Branco ante a esta intimidação.
Sem a mínima chance
O vereador Roberto Duarte (PMDB) garante que a CPI será implantada com ou sem ameaça.
É isso é que está em jogo
O que se encontra em jogo neste episódio é a liberdade legislativa. Tem gente nesta história querendo ser mais real que o rei. O prefeito Marcus Alexandre já não disse que o MP cotejou os contratos entre a PMRB e as empresas e não achou ilegalidade? Por que os faniquitos?
O que devia ser feito
O Tribunal de Justiça fez o que devia ter feito, ao derrubar a proibição do TCE, do Estado contratar e fazer concurso público e liberou a continuidade dos procedimentos. Sem a contratação dos concursados o sistema estadual de saúde pode ter sérios prejuízos no atendimento. Estamos falando de vidas e isso não pode esperar por um ato de burocracia.
Proibição em tempo de guerra
Num momento em que o Estado trava verdadeira guerra contra a violência, não justifica se brecar um concurso para a contração de novos Policiais Militares. Não tenho nenhuma ligação com o governo estadual, não estou afinado com a maioria de suas ações, mas não posso deixar de sair na defesa da realização do concurso e contratação. Além de que, o desemprego no Acre, sem indústrias, está em níveis alarmantes. É positivo e elogiável, o governo empregar em tempo de crise econômica, quando muitos Estados não pagam em dias a folha salarial,
Aproveitando o ensejo
E aproveitando a celeridade do Tribunal de Justiça no julgamento do “Mandado de Segurança” impetrado pelo governo, poderiam pôr na próxima pauta o término do julgamento do “Mandado de Segurança”, que permitirá á Aleac vir a implantar a “CPI da Venda de Casas.
Mansa e pacífica
É uma matéria mansa e pacífica de que bastam as assinaturas necessárias para instalar uma CPI. Sem necessidade de que seja submetia à votação em plenário. Com a palavra o TJ.
Nada mais vil
Nada mais vil para uma mulher, uma menina, um menino que, ser vítima de estupro. É uma agressão que atinge a alma e deixa marcas para o restante da vida. Assinaria a PEC do senador Jorge Viana (PT) que defende que, os crimes desta natureza não prescrevam. Nada mais justo.
Hora de uma explicação
Virou rotina Assembléia Legislativa, deputados cobrarem explicações, sobre o motivo da obra do novo Pronto Socorro da capital, que começou há sete anos não ter sido concluída. O numeroso sistema de comunicação do Estado e agregados não pode dar o calado por resposta.
Deitou e rolou
Ontem, a deputada Eliane Sinhasique (PSDB) deitou e rolou com números que não se sabe se são reais, por o Estado não se pronunciar, de que já foram gastos na obra do novo PS, 20 milhões de reais e que, para a sua conclusão seriam necessários mais 9 milhões de reais.
Léo e o direito das mulheres
O deputado federal Léo de Brito (PT) considera um verdadeiro presente de grego do presidente Michel Temer na Reforma da Previdência, o de igualar a aposentadoria entre homens e mulheres, sem considerar algo extremamente relevante: mulheres chegam ter tripla jornada.
Sempre defendeu
O deputado Heitor Junior (PDT) levou ontem ao debate na Assembléia Legislativa a questão dos pacientes da nefrologia. No Acre, aconteceram mais de 40 transplantes. Um ponto positivo para o governo. O Heitor é um dos maiores lutadores na defesa dos pacientes de Hepatites e das doenças dos rins. Muito antes de ser deputado já era um defensor da causa dos doentes.
Protesto engenhoso
Os moradores de Tarauacá bolaram um protesto engenhoso contra a falta de iluminação pública em uma das praças da cidade, simplesmente, acendendo velas no espaço. A prefeita Marilete Vitorino mal assumiu, mas esta é uma inércia que não se justifica. Qual o custo? Qual a dificuldade de trocar lâmpadas de uma praça? São pequenas coisas que não podem ocorrer.
Muito entusiasmado
Não se pronuncia sobre o fato porque é muito cedo para tomar posição sem saber como vem o adversário, mas nota-se por parte do deputado Ney Amorim (PT) uma inclinação em querer disputar uma vaga de senador na eleição do próximo ano. Incentivos é que não faltam.
Segundo voto
Conheço deputados da oposição que se manifestaram em conversas nos bastidores de que se o deputado Ney Amorim (PT) for candidato ao Senado terá o segundo voto deles. Serão duas vagas em disputa.
Não é falta de ação
Diariamente a Polícia Militar desmantela quadrilha de bandidos, recupera carro roubado, apreende droga, num trabalho que só merece elogios. Mas isso mostra outro lado da moeda: enquanto não houver rígida fiscalização na fronteira, sempre teremos mais drogas e armas.
“Novo companheiro”
Um deputado do PT me perguntou ontem o que achava sobre o “novo companheiro”, deputado federal Major Rocha (PSDB). Perguntei o motivo da ironia. Resposta: “será nosso companheiro, votando para derrotar o projeto do Temer de Reforma da Previdência”.
“Este é de casa”
Sobre o anúncio do deputado federal Alan Rick (PRB) de que votará contra os termos atuais do projeto de Reforma da Previdência, o petista completou: “o Alan se converteu ao PT, após votar contra a Dilma. Talvez hoje seja mais petista que o próprio Carioca”. E saiu rindo.
Para ser justo
Ao ver o monte de máquinas agrícolas em frente ao Palácio Rio Branco chega-se à conclusão que, se não tem sido o ideal, a nossa agricultura ainda é rudimentar no geral, mas este governo tem investido mais no campo que os outros governos petistas. É a realidade.
Pensar maior
Estamos perto de portos do Pacífico. Temos que acabar com o pensamento atrasado de que o Acre não pode plantar soja. A soja é hoje quem mais gira dinheiro no agronegócio. O governo precisa arrecadar para não ficar só na dependência do FPE. O Acre tem de andar para frente.
Candidatura posta
O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) – está entre os parlamentares mais atuantes da oposição na Aleac – definiu mesmo que, tentará um vôo mais alto, sendo candidato a deputado federal.
Não se sabe o que o santo fez
O deputado Jonas Lima (PT) parece que tomou chá de papagaio ou aconteceu um daqueles milagres que costumam acontecer em todos os governos. Só falta ter um ataque de apoplexia nas defesas que tem feito nas últimas sessões do governo Tião Viana. Fica esbaforido e rouco.
Pode não ser do PT
Uma das figuras mais bem relacionadas no governo me revelou que o candidato da FPA a governador no próximo ano pode vir de outro partido que não seja o PT. Ao ouvir isso se pode chegar à ilação de que, podem mandar um petista se filiar a outro partido para tirar a bronca.
Pesquisa e estrutura
O turbilhão de candidaturas ao Senado pela oposição é um tremendo fogo de palha. A questão não será apenas aparecer bem nas pesquisas, mas também ter estrutura partidária e condições financeiras para tocar uma campanha. Um candidato ao Senado tem que bancar, no mínimo, a propaganda e algum outro custeio dos candidatos a estadual e federal que vão lhe apoiar. Sem isso ficará só na campanha. Se o candidato não tem como se deslocar de Marechal Taumaturgo à Assis Brasil em campanha, ainda que venha aparecer bem na pesquisa será tratorado. Dos atuais postulantes, apenas três ou quatro têm condições para tocar uma campanha. O restante está naquela de gaiato no navio. Por isso, a lista tenderá a afunilar.