O vereador Roberto Duarte (PMDB) não perdeu tempo e foi o primeiro orador a utilizar a tribuna nesta terça-feira (7) apresentando o requerimento de implantação da Comissão Especial de Inquérito do Transporte Público. Regimentalmente a Comissão está instalada e foi aberto prazo para apresentação dos membros por representatividade e a eleição de presidente e relator. A partir daí, serão 90 dias para a conclusão dos trabalhos podendo ser prorrogada.
Duarte afirma que existem indícios que se confirmados podem gerar processos por improbidade administrativa contra o prefeito Marcus Alexandre, que, em tese, teria assinado termos aditivos com as empresas, sem a apresentação das certidões negativas de débitos.
“Há fortes indícios de que contratos foram aditivados entre o executivo e as empresas sem a apresentação de certidões negativas, ferindo, em tese, a Lei de Licitações Públicas” acrescentou Duarte.
O líder do prefeito, vereador Eduardo Farias (PCdoB) voltou a afirmar que não concorda com o caminho radical de instalação de uma CEI, mas ponderou dizendo que nem o prefeito Marcus Alexandre e muito menos a sua base têm problemas em aceitar qualquer investigação.
Farias disse que a partir da instalação da investigação fica suspensa qualquer possibilidade de deliberação sobre aumento de passagens. O Conselho Tarifário através do ex-vereador Gabriel Forneck iniciou uma série de reuniões com a Comissão de Transportes presidida pelo vereador Railsson Santos (PTN) esclarecendo, principalmente, a planilha de custos do setor.
O debate sobre a instalação da Comissão norteou o primeiro e segundo expediente. O vereador Artêmio Costa (PSB) também se manifestou contra o que chama de radical postura de instalação da CEI, mas disse que, uma vez instalada, não se negará em assiná-la.
Para a vereadora Lene Petecão (PSD) é hora de abrir a “caixa de pandora” do transporte coletivo e de se descobrir quais são os reais lucros da classe de empresários do setor. “Qual o problema de investigarmos?” questionou.
“Isso aqui não um puxadinho do executivo” disse o vereador Emerson Jarud (PSL) ao reafirmar a sua postura de manter a assinatura na Comissão Especial de Investigação, confirmando que foi pressionado pelo partido, mas que ficará ao lado do povo.