Dois executivos da Odebrecht apontaram em delações premiadas à Operação Lava Jato os operadores de R$ 23 milhões repassados pela empreiteira por meio de caixa 2 à José Serra (PSDB), atual ministro das Relações Exteriores.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo desta sexta-feira (28), parte dos pagamentos ilegais referentes à campanha presidencial do tucano em 2010 foram transferidos para a Suíça.
A empreiteira prometeu, inclusive, a entregar os comprovantes dos depósitos feitos no exterior e no Brasil. O valor, é dez vezes maior que a doação oficial feita a Serra.
As doações ilegais, de acordo com a Odebrecht, foram acertadas com a cúpula do PSDB e operadas pelos deputados Ronaldo Cezar Coelho (ex-PSDB e atual PSD), no exterior, e Márcio Fortes (PSDB), no Brasil.
Em fevereiro, o nome de Serra apareceu na superplanilha encontrada na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, durante a 23ª fase da Lava Jato, a Acarajé. Na lista, constavam 279 políticos de 22 partidos que teriam recebido da empreiteira valores superiores aos declarados à Justiça Eleitoral durante suas campanhas políticas.
Serra nega
O ministro do governo Michel Temer nega qualquer irregularidade e limitou-se a dizer à Folha que “não vai se pronunciar sobre supostos vazamentos de supostas delações”.
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