A previsão de privatização da Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre) é para o fim de 2017, contudo, antes o governo federal já autorizou uma medidas administrativas para a revisão e reajuste de tarifas cobradas pela empresa. A proposta deve aumentar o interesse durante o processo de venda.
Procurado, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o assunto é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), órgão que devem realizar as alterações. Mesmo assim, segundo o MME, a Eletrobras não deve renovar a concessão para distribuição dos serviços no Acre.
Em entrevista coletiva em Brasília (DF), o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, explicou que com os reajustes a expectativa é que empresas interessadas vejam com maior perspectiva a aquisição da companhia acreana, além de outras cinco espalhadas pelo País.
“Não estamos dizendo que a revisão vai resolver tudo, mas a expectativa é que, quando você faz a transferência de controle, especialmente de empresas que não têm um bom desempenho sob o ponto de vista econômico-financeiro, o comprador enxerga um potencial de melhoria da gestão daquela empresa. É nisso que ele ganha”, disse Rufino.
FIQUE POR DENTRO
No mês passado, o Conselho de Administração da Eletrobras decidiu reprovar a prorrogação das concessões de seis empresas de distribuição do grupo nas regiões Norte e Nordeste. Com isso, as distribuidoras (veja abaixo) deverão ser privatizadas até 31 de dezembro de 2017.
-Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Boa Vista Energia e Amazonas Distribuidora de Energia.
Ainda segundo o Ministério de Minas e Energia, “do ponto de vista do consumidor, o processo não apresenta muita diferença da prestação pela concessionária, tendo em vista que a prestação do serviço temporário preserva a continuidade do serviço de distribuição de energia elétrica”, explicou.