A base política do governador Tião Viana na Assembléia Legislativa usou uma manobra regimental para se antecipar à apresentação do pedido de uma CPI para apurar a aplicação de recursos na BR-364, que está em vias de fechar ao tráfego, pela precariedade em boa parte de seu trecho. Como já estava na mesa diretora outra pauta bomba, a “CPI da Venda de Casas” no programa “Minha Casa, Minha Vida”, o líder do governo Daniel Zen apresentou ontem três pedidos de CPI sem fato concreto, apenas temáticas: uma que pede investigação da aplicação das verbas do SUS pelas prefeituras, uma para investigar a agiotagem e a terceira para investigar o recolhimento de INSS pelas prefeituras. Como o Regimento Interno só permite a instalação de três CPIs, não haveria espaço para a apresentação da CPI da 364. O deputado Daniel Zen (foto) deverá retirar o pedido de CPI sobre o recolhimento do INSS, para ficarem apenas três em pauta. O fato foi considerado pela oposição um ato de temor, para impedir que o governo seja investigado num ponto nevrálgico, que é a rodovia Rio Branco-Cruzeiro do Sul. Zen rebate que está usando apenas o espaço regimental.
Novo golpe em curso
A base do governo prepara um novo golpe contra a oposição. Como tem ampla maioria se articula para fazer o Presidente e o Relator da “CPI da Venda de Casas”, como forma de blindar a possível convocação de personalidades do governo para vir depor sobre o escândalo.
Nada brecará a CPI
O deputado Gehlen Diniz (PP) diz que não haverá como impedir que o PT indique o Presidente e o Relator da “CPI da Venda de Casas”, mas também nada impedirá que a oposição como integrante da CPI apresente requerimentos para que todos citados nos depoimentos sejam convocados. “Se a CPI veio para investigar, terá que investigar”, adverte Diniz.
Oposição pode ir à justiça
Ontem, os deputados da oposição já se articulavam para derrubar na Comissão de Constituição e Justiça as três CPIs apresentada pelo líder do governo, deputado Daniel Zen (PT), pela falta de um “fato concreto”, e não descartam recorrer à justiça para esse fim.
Perdida no tempo
A líder do PT, deputada Leila Galvão, está perdida no tempo, reclamou de famílias despejadas pela justiça estarem obstruindo a rodovia 317 e culpou o PMDB. Errado, Leila!. O superintendente do INCRA é o militante do PT, Márcio Aléssio, a quem cabe resolver o impasse.
Posições antagônicas
As secretarias de Saúde e de Segurança estão em posições antagônicas na opinião pública. A Saúde, que estava em baixa melhorou com a entrada do secretário Gemil Junior e a Segurança que chegou a estar num patamar de poucas críticas, virou o calcanhar de Aquiles do governo.
A questão é política
Primeiro foi o PHS e agora é o PROS a protestar contra a imposição da professora Socorro Nery (PSB) como vice do Marcus Alexandre. Todos com o mesmo argumento que é uma pessoa honrada, qualificada, mas lhe falta base e mérito político por até ontem ser destaque do PSDB.
Bem mais otimista
O presidente do diretório municipal do PR, Carlos Beirute, conta que saiu da última reunião com os dirigentes da oposição bem mais otimista para que se chegue a uma candidatura única a prefeito de Rio Branco. Considera o primeiro consenso um passo bem importante.
Apostando nas contas
O PMDB fez as contas antes de aceitar que o candidato único a prefeito de Rio Branco saia de rodadas de pesquisas. É que, dificilmente, qualquer dos candidatos vai superar a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) na liderança, porque a sua tendência é de se manter na ponta.
Sonho de consumo
Um importante nome da oposição que me pediu apenas reserva na autoria, comentou ontem com a coluna: “o ideal seria a oposição se unir em torno do deputado federal Alan Rick (PRB) para prefeito, porque seria um fato novo, é jovem, promissor, navega nas classes baixa e alta.
Não é a primeira
E essa não é a primeira liderança da oposição a comentar sobre a possibilidade de ter Alan Rick (PRB) como candidato único à PMRB. Seria de um fato algo impactante, mas se o Alan não está conseguindo nem assumir a presidência regional do PRB, como pensar em vôos mais altos?.
Jonas, o feliz
O deputado Jonas Lima (PT) toda vez que volta de Mâncio Lima vem encantado e “muito feliz” com a produção agrícola do município. Pelo que diz, passa a impressão de ser o maior pólo produtor do Páis. Mas, há quem garanta que mal produz o cheiro verde para temperar o peixe.
Sugestão de treinador
O deputado Raimundinho da Saúde (PTN) deu ontem uma sugestão de treinador ao governador Tião Viana, sobre o sistema de segurança do Estado: “em time que não está ganhando tem que se mexer”. Para o Raimundinho, ninguém tem segurança nem em casa.
Combinaram com os russos?
A maior balela jurídica é a tese da volta da Dilma para que ela convoque novas eleições. Teriam que combinar com o Michel Temer, porque para vingar a possibilidade ambos teriam que renunciar aos seus cargos. Ou então ambos serem cassados pelo TSE.
Limpeza geral
O presidente Michel Temer determinou hoje que sejam aceleradas as demissões dos petistas que ocupam o segundo e terceiro escalões no governo, e neste bolo devem entrar os órgãos federais sediados no Acre, e a partir daí terem início as novas nomeações.
Bem cercado
O candidato a prefeito de Mâncio Lima, Isac Lima (PT), entrará na disputa com 58 candidatos a vereadores, uma chapa considerada grande para o tamanho eleitoral do município.
Não é bom menosprezar
É bom não menosprezarem a candidatura de Jorge Catalan (PP) a prefeito de Senador Guiomard, por ter o apoio do prefeito James Gomes, e uma prefeitura, em qualquer circunstância tem um peso eleitoral respeitável em municípios pequenos.
Poderá haver debandada
A presidente do PR, Antonia Lúcia, trouxe a sua filha Gabriela Câmara (PTC) para ser candidata a vereadora de Rio Branco. Pelo que tenho ouvido, por conta disso, poderá haver uma debandada de outros candidatos a vereadores, porque a mãe jogará pesado na filha, lógico.
Votação pífia
Na última disputa de deputada estadual, Gabriela Câmara (PTC), teve uma votação pífia.
Puxadores de votos
O PRB terá dois puxadores de votos na eleição municipal na disputa de vagas na Câmara Municipal de Rio Branco: Pastor Manoel Marcos e Dr. Jferson. Falando em PRB, o partido tem duas vertentes, uma pela permanência na FPA e outra para figurar na oposição.
Dando um jeitinho
O PT de Brasiléia está dando o tradicional jeitinho para tirar o ex-vereador Zemar (PRB) da disputa pela vaga de vice na chapa da candidata a prefeita, Fernanda Hassem (PT). Já está tudo acertado para o vice ser o vereador Carlinhos do Pelado (PSB), por ser maleável.
Fechado em quatro copas
O PMDB está fechado em quatro copas sobre quem será o candidato a prefeito de Brasiléia, depois da desistência do prefeito Everaldo Gomes. O ex-prefeito de Brasiléia, Aldemir Lopes, é o nome que restou, só que o lhe atrapalha é a sua rejeição, presente em todas as pesquisas.
Nome limpo
A oposição tem um nome limpo na disputa da prefeitura de Brasiléia, do ex-vereador e forte empresário Manoel Prete (PSDB). Só iria para frente se toda oposição se unisse em torno dele.
Único objetivo
A base do governo foi cirúrgica em brecar a CPI da BR-364, porque entre os depoentes a oposição centraria fogo no prefeito Marcus Alexandre, que foi um dos executores da obra.
Acabou a bandeira
Depois das últimas delações acabou a bandeira da presidente afastada Dilma, de que nada existia contra o seu nome, aparece como uma das protagonistas de recebimento de dinheiro ilegal na campanha. Outro que perdeu a bandeira de limpo foi o senador Aécio Neves (PSDB).
O que posso mais fazer?
“Já fiz audiência pública, denunciei, o que mais posso fazer como presidente da comissão de segurança da Aleac? Fizemos o possível para acabar com a violência que domina a cidade. Não mando no Tião Viana e nem no secretário Emylson Farias”. Do deputado Heitor Junior (PDT)
Não é um monastério
O deputado Jamil Asfury (PDT) ficou espinhado por a oposição acusar os deputados da FPA de estarem “agachados” para o governo. Faz parte do jogo Jamil, a Aleac não é um monastério.
Não podemos perder a indignação
Rio Branco vive hoje uma onda de assaltos que apavora as famílias, os comerciantes, donos de Postos de Gasolina, o empresariado em geral, o cidadão comum, enfim, vive-se um clima de terror. Uma guerra urbana. O número de assaltos já saiu do limite da normalidade das estatísticas. Num Estado quebrado economicamente, só dois segmentos estão tendo lucro: quem vende aparatos de segurança, como cercas elétricas, alarmes e outras parafernálias e os assaltantes. Ontem, na Assembléia Legislativa foi um clamor dos deputados contra a insegurança que domina a Capital, onde se passa se encontra cidadãos indignados pela falta de um plano emergencial de combate à gatunagem explícita. Só está restando à população a indignação, não podemos perder o poder de se indignar, porque o dia em que isso acontecer será a falência do Estado de Direito. Falta alguém se somar a indignação popular, contra a violência na Capital ter se tornado território livre dos bandidos: o governo. E sem um governo que se indigne com o terror que a população está passando, salve-se quem puder. Oremos!