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Suposta “traição” de Toniquim é destaque da imprensa internacional na Suíça

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Há mais de 30 anos no poder, o presidente da Federação de Futebol do Acre, Antônio Aquino Lopes, o Toniquim, foi um dos escolhidos pela CBF para representar o Brasil na eleição da Fifa na Suíça.


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Tuniquim desembarcou nesta quinta-feira, 25, em Zurique. O dirigente, que comanda no Acre um futebol praticamente amador, vai acompanhar o presidente interino da CBF, Antônio Carlos Nunes, o coronel Nunes, no evento.

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Ele ganhou notoriedade nos bastidores do futebol nos anos 80 ao decidir uma eleição disputadíssima na CBF. Tuniquim havia prometido votar nos dois candidatos: Medrado Dias e Otávio Pinto Guimarães. Na hora da contagem, os votos do Acre e do Piauí foram impugnados e só poderiam ser abertos na Justiça.


No final, Guimarães vencia por um voto. Mesmo impugnado, Tuniquim revelou o seu preferido e o ex-presidente da Federação do Rio comemorou a vitória. Dias acusou o acreano de traição e insinuou que o cartola recebera dinheiro para mudar de lado. O caso chegou ao CND (Conselho Nacional de Desporto), que absolveu Tuniquim.


CBF PODE MUDAR DE LADO
Nesta quinta, dirigentes da CBF e das federações Sul-Americanas vão se reunir com o xeque Salman bin al-Khalifa, do Bahrein, candidato que ganhou força nos bastidores nos últimos dias.


O xeque tem o apoio da maioria dos países da Ásia e da África. Até o início da semana, o suíço Gianni Infantino era o favorito. A América do Sul havia selado um acordo em janeiro para votar em bloco no suíço, que tem o apoio de Michel Platini, ex-presidente da Uefa, entidade que controla o futebol na Europa, que está suspenso. Nos últimos dias, os dirigentes sul-americanos ameaçam mudar de voto e apoiar o xeque. “Pergunte a eles”, respondeu o xeque, ao ser questionado se tinha o apoio dos brasileiros.


A comitiva brasileira também conta com o presidente da Federação Baiana de Futebol, Edinaldo Rodrigues. Na hora da votação, coronel Nunes, que também preside a Federação Paraense de Futebol, colocará na urna o apoio dos brasileiros.


Nunes assumiu interinamente o comando do futebol brasileiro em janeiro. Ele substitui Marco Polo Del Nero, licenciado após a Fifa abrir investigação por corrupção contra ele.


Integrante do Comitê Executivo da Fifa, Fernando Sarney, vai participar do evento, mas não terá direito a voto. Ele entrou na vaga aberta por Del Nero, que renunciou ao órgão da Fifa no ano passado.


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