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Quarentões (ou quase)!

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Manoel Façanha

A evolução da medicina esportiva, bem como a consciência dos cuidados com o corpo, tem feito com que a carreira de um jogador de futebol seja prolongada. Há algumas décadas, o profissional desse esporte chegava aos 30 anos já “por um fio”. Bem diferente do que ocorre agora.


Quatro atletas de alto nível que se enquadram nessa tese aí do primeiro parágrafo afloram à minha mente enquanto escrevo: o ex-goleiro Rogério Ceni, o meia/lateral Zé Roberto, o meio campo Paulo Baier e o atacante Marcelinho Paraíba. Tudo gente requintada, íntima da deusa bola.


Ceni estava em campo até um dia desses. Parou aos 42 anos, mas bem ainda poderia estar em atividade. Zé Roberto, aos 41 anos, esbanja fôlego no Palmeiras. Marcelinho, 40, e Paulo Baier, 41, respectivamente do Oeste de Itápolis e do Juventude (RS), são as referências desses times.


E se a gente fizer uma pesquisa nos vários estados brasileiros, vai encontrar centenas de jogadores com esse perfil de “veteranos” da bola jogando como se tivessem não mais do que a metade da idade que ostentam na sua Certidão de Nascimento. Vigor nos músculos e alegria nas pernas.


Não sei se no futebol acreano atual existe algum atleta que já passou dos 40 anos. Mas sei de dois que se aproximam dessa marca: Testinha e Adriano Louzada. Ambos jogando ainda com absoluta competência. O primeiro com a camisa do Rio Branco e o segundo defendendo o Atlético.


Testinha, meia de apurado talento, nascido em 27 de dezembro de 1977, completou 38 anos no mês passado. E o Adriano Louzada, atacante artilheiro em todos os clubes por onde passou, cujo nascimento se deu em 3 de janeiro de 1979, completou 37 anos agorinha, duas semanas atrás.


O curioso (e coincidente) nas carreiras desses dois acreanos bons de bola é que ambos chegaram a fazer sucesso em grandes clubes brasileiros e europeus. Testinha no Coritiba, entre 2000 e 2001; Adriano no Palmeiras, em 2000, e no Cruzeiro, em 2005. Na Europa eles jogaram em Portugal.


Como eu já tive o prazer de entrevistar tanto um como o outro, posso afirmar que eles jogam muito mais por amor à bola do que por algum tipo de necessidade financeira. A passagem deles pelo futebol europeu deu-lhes a tranquilidade necessária para tocar a vida sem precisar mais do futebol.


Assim, levando-se em conta que ambos são exemplos de atletas que cuidam da forma física como só bons profissionais o fazem, provavelmente ainda os veremos em campo por várias temporadas. Eles dizem que não pensam em parar tão cedo. Os que gostam de bom futebol agradecem!


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Manoel Façanha

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