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Adesão ao Profut será difícil para clubes fora da elite

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O programa de refinanciamento fiscal (Profut) vem sendo aderido pelos clubes da elite do futebol brasileiro. Mas o problema será a participação de agremiações menores, que é a maioria.


A tentativa do governo federal de, mais uma vez, regularizar as enormes pendências fiscais dos clubes, caminha para um consenso dentro da faixa das entidades de ponta no Brasil.

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Com estruturas maiores, inclusive nos departamentos jurídico e financeiro, meios de arrecadação para pagamento das dívidas a curto prazo sem correr tanto risco, e capacidade de se adequar à nova legislação de forma mais rápida, vê-se que o Profut encontra menos resistência às agremiações de elite.


Tanto é que o calendário de adoção do programa (até 30 de novembro) não é algo que tem assustado tanto ao futebol do primeiro escalão.


É óbvio que uma legislação desse tipo, deve ser criada para tentar resolver, o máximo possível, o problema maior – que, no caso, é dos grandes clubes, devedores de bilhões ao Fisco.


Longe desse ambiente, é preocupante saber como será a vida dos clubes que não se enquadram ao modelo acima. E, como dito, é a maioria do futebol brasileiro.


A não adequação ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, para aqueles que precisam se equilibrar financeiramente, será um estorvo.


O Profut ainda é mais extenso nas práticas a serem adotadas por todas as entidades esportivas, como maior transparência das operações dos clubes demonstradas em balanço e ainda no cumprimento das obrigações trabalhistas.


Mas deveria ter sido pensada também em atendimento à grande parte dos clubes. Um prazo maior para participação no programa (tornado lei não faz muito tempo) talvez fosse a primeira medida.


Outra era a necessidade desses clubes possuírem uma interlocução mais efetiva com entes governamentais para o problema específico deles – ação esta feita pelos grandes clubes, ainda quando o governo mandou ao Congresso, no início do ano, uma proposta de refinanciamento de dívidas (e que em alguns momentos funcionou até como lobby à causa mais urgentes das entidades da elite do esporte).


Punições estão previstas nas competições já em 2016, por conta de não alinhamento às novas normas.


Não se sabe se o Profut irá acabar com a farra dos clubes que gastam mais do que arrecadam. Mas é uma boa tentativa de moralizar o futebol. Faltou, no entanto, um olhar mais atento à realidade fora do eixo Sul-Sudeste – mais uma vez.


 


 


 


 


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