Revoltada, população põe fogo em ponte que liga as cidades do Acre

A população de Brasileia e Epitaciolândia não está nada feliz com a situação da ponte metálica que ligados dois municípios. Neste final de semana, populares dos dois municípios atearam fogo em pneus e madeiras. Tudo foi colocado em cima da ponte. A Polícia Militar (PM) foi acionada e precisou interferir na situação.

As imagens, captadas pelo jornalista Alexandre Lima, do site O Alto Acre, mostram que o diretor-presidente do Departamento de Estradas e Rodagens, o Deracre, Cristovam Moura, acabou chegando à ponte, na hora da confusão.

Em entrevista, ele disse que “uma equipe fará um trabalho definitivo da substituição dessas peças. Nós já avaliamos com a equipe a situação atual do tabuleiro da ponte, e já estamos com a programação para ir trocando, ao longo do tempo também, as outras peças. Essa ponte vinha recebendo trabalho de fixação dessas peças. Vamos fazer um trabalho um pouco mais profundo”, disse ao tentar minimizar a situação.

Mesmo com a versão do diretor-presidente do Deracre, o morador Marcos Tiburcio, vereador de Brasiléia, disse que já foram feitas diversas reivindicações, atos que inclusive geraram multas aos moradores. “A população está acima de tudo, e precisa ser atendida pelos governantes. A ponte não está dando trafegabilidade. Muita gente já se machucou nessa ponte. A gente não pode deixar a população à mercê dessa situação”, destacou.

Horas depois, o Deracre iniciou uma intervenção na ponte. Cerca de 30% do assoalho da ponte foi reconstruído até a noite de sábado. O diretor do Deracre, que ficou no local até o termino dos reparos iniciais, afirmou que até o esta semana a ponte receberá todos os ajustes necessários.

PROMESSA NÃO CUMPRIDA

Em março de 2014, o governador Sebastião Viana (PT), disse que, até o fim do ano passado, os municípios de Brasileia e Epitaciolândia ganhariam uma nova ponte. A proposta do petista foi feita há mais de um anos, e até o momento, nada foi feito na região.

Na época, Viana anunciou que a obra de construção teria a licitação elaborada dias após o anúncio, e que o valor da obra seria de R$ 12 milhões. Na época, o governo também anunciou uma nova ponte, no valor de R$ 52 milhões, que teria estrutura arquitetônica bem mais arrojada já está em avaliação no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit).

A ponte integraria á o anel viário, que circundaria a cidade, fazendo a ligação com o Pacífico, sem a necessidade de atravessar o município. Nenhuma das obras foram executadas pelo governo.