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Moisés leva Academia de Letras à escola desclassificada no Enem

A Escola Dr Augusto Monteiro funciona na zona rural de Rio Branco, num ramal de difícil acesso no inverno e com quedas de energia permanente. Quando os alunos e professores querem acessar a internet, precisam procurar lugares altos do entorno.


Se não bastassem as dificuldades citadas, o ensino médio funciona na modalidade Asas da Florestania, aonde apenas três professores se revezam, dando conta de todo o conteúdo, cada um cuidando de uma área: exatas (Matemática, Química, Física e Biologia), letras (Português, Espanhol e Artes) e conhecimentos gerais (História, Geografia, Filosofia e Sociologia).


“Imaginem um professor tendo que dar conta sozinho desses conhecimentos sistematizados, enquanto, na cidade, cada disciplina tem um titular. Como esses meninos na zona rural podem competir com os alunos da cidade?”, questiona Moisés Diniz.


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Apesar de todos os obstáculos, a Escola Dr Augusto Monteio vai seguir lutando para mudar de posição, nas próximas provas do ENEM. E foi isso que Moisés Diniz defendeu no encontro com estudantes, professores e membros das academias de letras.


“Nós vamos realizar já agora em setembro um concurso de redação, premiando os melhores trabalhos e treinando para a prova do ENEM em outubro”, informou Moisés.


A reunião deliberou ainda pela constituição de um grupo de teatro e outro de dança, como forma de incentivar os adolescentes e, ainda, a organização de uma agenda que envolva a comunidade e leve autoridades até a escola.


Estiveram na escola o poeta Mauro Modesto, pela Academia dos Poetas Acreanos, a acadêmica Edir Marques, pela Academia Acreana de Letras e o adolescente Jackson Viana, presidente da Academia Juvenil Acreana de Letras.


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