A JBS (JBSS3), maior produtora global de carnes, não tem planos de realizar fechamentos de unidades de abate de bovinos no Brasil no segundo semestre, após suspender atividades de algumas plantas recentemente por conta da oferta limitada de animais e de uma demanda mais fraca.
A informação é do presidente-executivo da companhia, Wesley Batista, que disse, no entanto, que continua monitorando o mercado interno e as exportações.
“Não posso prometer que, se o consumo doméstico continuar piorando e a exportação não reagir, não possa vir nenhum outro ajuste. Em princípio, fizemos o que tínhamos que fazer”, afirmou Batista a jornalistas, após participar de um evento do setor de aves e suínos em São Paulo.
Por outro lado, a JBS está “crescendo em aves, suínos e processados (no Brasil), aumentando postos de trabalho”, disse o executivo.
Na avaliação do presidente da JBS, a situação de aperto econômico e redução do poder aquisitivo dos consumidores melhora as perspectivas para as vendas de proteínas mais baratas.
“A carne bovina, das três (principais proteínas animais), é a que está mais pressionada. A de frango é o oposto: está se beneficiando da questão do mercado doméstico e das exportações”, projetou.
Levantamento recente da consultoria Agrifatto estimou que 44 plantas de abate bovinos foram desativadas no país este ano, incluindo todas as empresas do setor.
Segundo a JBS, a companhia desativou cinco frigoríficos de bovinos em 2015.
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