A maioria dos novos habitantes da Cidade do Povo não pagava energia elétrica e água tratada nas áreas de risco residiam. Eles denunciam que a conta de energia saltou de aproximadamente R$ 28 no primeiro mês que chegaram no conjunto habitacional para uma média de R$ 320, sendo que a maior parte das pessoas que moravam em área de risco dependem exclusivamente do Bolsa Família, que paga pouco mais de R$ 120 por família beneficiada pelo programa.
O deputado Eber Machado (PSDC) informa que recebeu mais de 500 denúncias de moradores que dizem que não tem como pagar os valores que estão sendo cobrados pela Eletrobras Distribuição Acre. Alguns moradores denunciam que apesar fazer o parcelamento dos débitos, a empresa estaria levando até seis dias para religar a energia. “Não temos nem como pagar a conta, imagine pagar R$ 30 para ligação de emergência”, diz a dona de Francisca da Silva.
“O governo assumiu o compromisso tirar estas pessoas das áreas de risco e colocá-las em moradias dignas, mas não podemos esquecer que eles precisam de um tratamento diferenciado nos pagamentos de água tratada e energia elétrica. O Depasa está fazendo a parte dele, cobrando tarifa mínima da água tratada, mas este tratamento não vem sendo dado pela Eletrobras. A empresa precisa cadastrar estas famílias no programa de tarifa social”, diz Eber Machado.
Quatro representantes da estatal compareceram a reunião que aconteceu na Cidades do Povo. Os executivo informaram que nenhum corte será realizado até o final de agosto. Os moradores também terão as contas analisadas no escritório de situação que a empresa vai montar no conjunto habitacional. Mais de duas mil famílias reclamam do preço da energia. “A Eletrobras vai analisar caso a caso. Nossa luta é para garantir a tarifa social para estes famílias”, enfatiza Machado.