Sutileza de um elefante
O episódio da CPI da BR-364 na Assembléia Legislativa mostrou mais uma vez que, quando se trata de atuar unida e ler corretamente a política, a oposição tem a sutileza de um elefante em uma casa de louças. A trapalhada foi geral. O único nome que a oposição tem para disputa do governo em 2018 é o do senador Gladson Cameli (PP), e a CPI traria para o olho do furacão justamente a família Cameli, com desgaste que o atingiria por tabela. Nem isso foi avaliado. A CPI destrambelhada do deputado Luiz Gonzaga (PSDB) mostrou também que a oposição continua um saco de gatos. A CPI foi implodida justamente pela desunião da oposição.
Foi de fazer inveja aos “Os trapalhões”
A tentativa de implantar a CPI foi uma trapalhada atrás do outra. O deputado Jairo Carvalho (PSD) se negou assinar, mas depois assinou. E quando se dava como certa a sua implantação o deputado Nicolau Junior (PP), da oposição, retirou a assinatura e matou a CPI. A CPI do Gonzaguinha foi de fazer inveja aos “Os Trapalhões” – com Dedé, Didi, Mussum e Zacarias, nos seus bons tempos da televisão. Aliás, desorganização tem sido a máxima da oposição acreana nos últimos anos.
Jogo da política
A nomeação de dirigentes de órgãos federais no Acre por indicação da bancada federal do PMDB é um fato normal na política. O vice-presidente Michel Temmer é do PMDB. E politicamente as nomeações têm apenas valor simbólico, os órgãos federais são mais burocráticos do que políticos. E no atual contexto econômico sem verbas para tocar projetos.
Alan Rick dança de tamanco
No caso da representação do Ministério da Pesca, no Acre, o nome indicado pela deputada federal Jéssica Sales (PMDB), destrona o atual dirigente, que era da cota do PRB e do deputado federal Alan Rick (PRB), que nesta dançou de tamanco na festa da parlamentar peemedebista.
Virando brincadeira
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ney Amorim (PT), tem que agir logo e abolir esta farra desenfreada de deputados promovendo “sessões solenes” em dias de sessões ordinárias, acabando com os debates na Casa. Só esta semana foram três sessões solenes, que servem só para trocas de elogios entre os deputados e os convidados. Basta colocar em votação o Projeto de Resolução do deputado Nelson Sales (PV) que breca esta esbórnia.
Pensando no futuro
O presidente do PTN, Francimar Asfury, pensa certo quando diz que os partidos nanicos têm que estar atentos para a Reforma Política e começar a pensar em uma fusão no futuro, para que não acabem na próxima eleição. Não dá mais para se discutir o imediatismo, diz Asfury.
Todos enquadrados
A partir de agora todos os deputados dos partidos nanicos para votar em projetos polêmicos têm que antes discutir com a executiva regional, sob pena de serem enquadrados na lei de infidelidade partidária e perderem os mandatos. Nada mais acertado, o mandato pertence aos partidos e não aos deputados. E partido que não tem disciplina vira Casa de Mãe Joana.
É candidato a prefeito
O Delegado de Polícia, Sérgio Lopes, que foi o mais votado para deputado estadual em Epitaciolândia será candidato a prefeito na eleição do próximo ano. A informação que não aceitou compor a chapa do prefeito André Hassem (PSDB) como seu vice foi confirmada à coluna ontem por uma fonte confiável.
Invertendo a lógica
O diretório municipal do PRB vetou a entrada do ex-deputado Astério Moreira no partido, por uma razão que chega ser cômica: “Astério tem votos e poderia tomar a vaga do vereador Manoel Marcos (PRB)”. Pelo pouco que entendo de política, um partido é formado com quem tem votos, se for formado por quem não tem votos, não elege ninguém, isso é óbvio.
Nada de pressão
O presidente do PDT, deputado Luiz Tchê, diz que a medida adotada por todos os demais presidentes não se trata de pressionar o governo por cargos, mas fortalecer os partidos. Não está inventando nada, no PT, por exemplo, nenhum deputado vota sem ouvir o comando político.
Tirado a limpo
Ontem, encontrei na Aleac o deputado Lourival Marques (PT) e o dirigente petista Nepomuceno Carioca, e perguntei: “Lourival é verdade ou não o que a coluna publicou que, o secretário de Habitação, Jamil Asfury, não o recebeu fora de um agendamento?”. Resposta do parlamentar: “é verdade, Carioca”. O Carioca só achou graça.
Colocando nos seus devidos lugares
Em tempo: secretário Jamil Asfury, ninguém do governo tem ingerência sobre o que publico ou deixo de publicar. Portanto, não adianta procurar o pessoal do governo para reclamar. Reclame diretamente na fonte, esta coluna sempre exerce o contraditório. Meu celular e e-mail sempre estão à disposição. Nada pessoal, jamais; só que, como jornalista, eu não brigo com a notícia.
Vai ver o que é bom para a tosse
A vereadora Graça da Baixada está deixando o PSDC para se filiar ao PT. Um erro político. Nas eleições o PT joga tudo nos antigos filiados. Petista novo nunca chega pegando a janela no ônibus, e tem que sentar na última poltrona. A Graça vai ver o que é bom para a tosse na próxima eleição municipal. Não pense ela que vai chegar no PT sendo prioritária.
Funcional e bonita
A remodelação do Mercado do 15, obra executada pelo prefeito Marcus Alexandre, ficou bonita e funcional. Aliás, tudo que a equipe de urbanistas da PMRB faz é com zelo e plasticidade. O Mercado do 15 é um marco na história de um dos mais tradicionais bairros do Acre.
Fechando conversa
O prefeito de Sena Madureira, Mano Rufino, abriu conversa com o deputado Manoel Moraes (PSB) para se filiar ao PSB, por onde pretende disputar a reeleição no próximo ano. Conseguir isso é algo quase certo, o problema do Mano não é partido, mas decolar a sua administração, que patina e não consegue sair do lugar. A última pesquisa mostrou isso. Foi mal avaliado.
Adversários internos
O PT de Brasiléia tem posições políticas que ninguém consegue entender. A melhor candidata do partido para disputar a prefeitura é a vereadora Fernanda Hassem (PT), mas seus principais adversários não são só os da oposição, isso é até normal, mas os políticos petistas, que traçam uma rede de intriga contra sua candidatura. Devem estar pensando que já ganharam a eleição. É bom não apostarem muito nisso, o ex-prefeito Aldemir Lopes (PMDB), articula bem numa campanha e não é para ser tratado com desdém. É só mirar no segundo turno para o governo, onde o PT perdeu no município.
Não esqueceu as origens
O deputado Heitor Junior (PDT), antes de ser deputado, sempre foi um lutador a favor dos portadores de hepatite. Heitor se elegeu, mas, ele não se esqueceu dos que padecem do mal, sempre está buscando que o Estado dê um melhor atendimento aos pacientes da doença.
Desafio aceito
O deputado Eber Machado (PSDC) me disse ontem que se for uma indicação coesa dos partidos nanicos a indicação do seu nome para ser o vice na chapa do prefeito Marcus Alexandre, na eleição do próximo ano, ele aceita. “Mas teria que também ser um consenso de toda a FPA”, pondera. Eber se diz afinado com Marcus e não veria problema ser seu vice.
Voltaram a bater o pé
Os dirigentes dos partidos nanicos reunidos ontem na Assembléia Legislativa voltaram a bater o pé e afirmar que não aceitarão em hipótese alguma que o vice de Marcus Alexandre seja alguém do PT. “Não teria sentido existir a FPA”, dispara o presidente do PDT, Luiz Tchê.
Favas contadas
Em coluna publicada em junho do ano passado coloquei que o MPE trabalhava ativamente para apresentar Denúncia por crime de seqüestro e torturas, tendo como acusado o prefeito de Acrelândia, Jonas da Farmácia. A aceitação agora da Denúncia do MPE pelo Tribunal de Justiça, torna Jonas em Réu e só veio confirmar o que a coluna deu em primeira mão.