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Ministério Público investiga mais um esquema de corrupção em Acrelândia

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A Câmara Municipal do município de Acrelândia, cidade localizada cerca de 100 km da capital, foi notificada e se reúne ainda esta semana para analisar nova denúncia contra o prefeito Jonas Dalles e o envolvendo de mais um vereador, o Josué Silva dos Santos (PROS), no pagamento irregular feito a uma suposta servidora pública, a senhora Jane Cardoso dos Santos. Entre as fontes utilizadas para sanar dividas com a “funcionária” Jonas utilizou recursos que deveriam pagar terceirizados e fez até rancho em um supermercado da cidade.


O Ministério Público quer saber agora, se Jonas utilizou desse mesmo recurso para efetuar outros pagamentos. De acordo documentos que a reportagem teve acesso, “isso é apenas a ponta do iceberg” talvez explique porque a empresa terceirizada não pagou em dias os servidores contratados, ocasionando, demissões. Segundo o Ministério Público, “o dinheiro estava sendo desviado”, acrescenta o relatório.

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A participação do vereador no esquema – a pedido de Jonas Dalles, o vereador Josué Silva dos Santos que é do mesmo partido do prefeito, foi com a servidora até o cartório, na tentativa de encobrir a grave situação. A chantagem feita pelo vereador foi gravada em vídeo.


“Ele queria que eu assinasse um documento afirmando que tinha feito um trabalho voluntário. Essa era a condição para eu receber uma rescisão referente a 2011 e 2012 em que eu trabalhei para o município e esquecer os oito meses trabalhado em 2013. Depois que eu fiz a denuncia no MP, o promotor me orientou a assinar o documento chantageado. Eles me pagaram a rescisão”, relatou Jane Cardoso.


Ela disse ainda, que trabalhou como professora na Creche Branca de Neve e prestou serviços ao CRAS pela Assistência Social, na gestão da esposa do prefeito, Renata Martins, que era secretária de Ação Social do município.


Outra medida identificada pelo Ministério Público tomada pelo município para sanar dividas com a suposta servidora, beira o amadorismo. O prefeito Jonas Dalles determinou que Jane Cardoso fizesse um rancho em um Supermercado de Acrelândia. Em depoimento, o proprietário do Mercantil Xavier, disse que emitiu nota fiscal, como se tais compras tivessem sido efetuadas pela Secretaria de Ação Social que era comandada pela esposa do prefeito, a Renata Martins.


No dia 18 de setembro, o vereador envolvido na chantagem foi oficializado pelo Ministério Público, mas até o início deste ano, não deu nenhuma resposta. Para o Parquet, tal ato demonstra que tanto o vereador envolvido como a Câmara Municipal,  “são coniventes com tais atos criminosos e ímprobos”, diz o relatório.


Em novo ofício encaminhado desta vez ao presidente da Câmara Municipal, vereador Claudemir de Albuquerque Soares, o órgão fiscalizador cobra no prazo de 30 dias, quais providências foram tomadas sobre o caso.


Trama se repete – O envolvimento de vereadores da chamada base de sustentação na trama de irregularidades praticadas pelo casal Jonas Dalles e Renata Martins se repete. Em outro caso também investigado pelo Ministério Público Estadual, o município poderá ser condenado a devolver mais de R$ 83 mil de pagamentos indevidos efetuados ao vereador João Garcia Rodrigues (Solidariedade).


De acordo a investigação, o vereador recebia do município pagamento e hora extra sem que o mesmo trabalhasse. Há também denuncia de tentativa de fraudes em documentos públicos para livrar a pele do prefeito e do vereador. Se forem condenados neste caso, ambos poderão perder a função pública. Estão envolvidos ainda o ex-secretário de educação, Almir Bravin de Palma, Rodrigues e Rejane Kátia da Cunha Souza, acusados de cometer atos de improbidade administrativa. Bravin era secretário de educação quando contratou Jane Cardoso.


Comissão de recesso promete resposta dura – a reportagem conversou no final da manhã de hoje (12) com o presidente da Comissão de Recesso da Câmara de Vereadores de Acrelândia, o vereador Mericil Rodrigues (PT) que prometeu dar uma resposta dura ao caso. A reunião acontece as 16 horas.


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