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Com a vitória neste segundo turno, acreanos terão mais quatros anos do petista Sebastião Viana

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Ray Melo e Marcos Venícios da Editoria Política
Jairo Carioca, Luciano Tavares e João Renato, da Editoria de Cidades
Roberto Vaz – Do Conselho Editorial
De Rio Branco-Acre

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O PT ganhou o governo do Acre pela quinta vez consecutiva, porque é melhor do que seus opositores ou por que seus opositores desaprenderam a fazer política? As perguntas lembram a propaganda de uma indústria de biscoitos, mas pode ser aplicada a realidade do Acre. Por que um partido que é tão criticado, que vive sob suspeição de mal feitos, que é tido como perseguidor e contra o servidores públicos, coleciona tantas vitórias? A resposta para as perguntas, o eleitor deu neste domingo (26), quando garantiu ao médico Sebastião Viana, a reeleição, ao derrotar, em segundo turno o tucano Márcio Bittar por mais de nove mil votos de vantagem.


As andanças pelos municípios e comunidades de todo o Acre e o contato direto com o eleitor, que Sebastião Viana manteve durante seus primeiros quatro anos de governo, pode ter sido o diferencial do petista para se manter no poder. Viana sucedeu o ex-governador Binho Marques (PT) – tido como um gestor técnico e não político – após uma vitória apertada em cima de Tião Bocalom, em 2010. Na época, Sebastião foi eleito com a vantagem de menos de 1% – levantando um questionamento sobre a atuação política de Marques. Com a luz amarela acesa, Sebastião desenvolveu um trabalho de reaproximação do PT com os movimentos sociais.


O gestor petista tirou vantagem do conhecimento técnico que demonstrou sobre os principais problemas do Estado, nos debates realizados nas emissoras de TV. A aliança da Frente Popular do Acre usou o discurso de desconstrução para passar aos eleitores que adversários de Sebastião não conheciam o Acre. Um dos principais alvos de Viana foi o candidato do PSDB, Márcio Bittar, a quem o candidato petista passou a pecha de que não mora no Acre, vindo ao Estado de quatro em quatro anos, apenas para participar das disputas eleitorais. O discursos maniqueísta da FPA, da luta do bem contra o mal também pode ter influenciado.


Sebastião Viana votou pela manhã de domingo, na Universidade Federal do Acre (UFAC), acompanhado da esposa Marlúcia Cândida, do irmão Jorge Viana, do deputado federal Raimundo Angelim, dos filhos e do prefeito de Rio Branco, Marcus Viana, o governador petista circulou pela cidade. Ele acompanhou a apuração em seu escritório de campanha em frente ao Juventus, no bairro do Bosque, antes de se dirigir ao Palácio Rio Branco, local escolhido pela militância do PT para comemorar a reeleição de Viana no Acre e da presidente Dilma Rousseff, que foi reconduzida ao Palácio do Planalto.


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A reeleição de Sebastião Viana o credencia como um dos políticos mais influentes do Acre, juntamente com seu irmão Jorge Viana. Juntos os irmãos petistas acumulam quatro mandatos à frente do Governo do Acre, comandando um dos grupos políticos mais vitoriosos da história política do Estado. Sebastião Viana foi eleito com 51,29% dos votos válido . Márcio Bittar fechou a apuração com 48,71% dos votos validos. O número de abstenções também surpreendeu este anos, cerca de 22,18% não votaram neste segundo turno.


Apesar de vencer o tucano Márcio Bittar na disputa do segundo turno das eleições estaduais, a votação recebida por Sebastião Viana, que obteve 196.509 mil votos, não superou a votação que o senador eleito Gladson Cameli recebeu 218.756 votos ao derrotar a comunista Perpétua Almeida. Cameli superou a votação de Viana em mais de 22 mil votos. Outro detalhe importante foi a votação de Bittar, que conseguiu aglutinar a maior parte os votos recebidos por Tião Bocalom no primeiro turno. A votação de 186.658 mil votos do tucano também o credencia para as próximas disputas eleitorais da oposição.


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“Hoje o povo me disse: Tião leva pra gente o destino desse Estado até 2018”, diz Sebastião após reeleito

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Ao lado de apoiadores de campanha, da esposa Marlucia e filhos, ainda em seu escritório de campanha, onde acompanhou a apuração dos votos, Sebastião Viana falou em primeira mão ao ac24horas como governador reeleito.


Ele disse que a vitória obtida é um pedido do povo do Acre para que ele continue “cuidando dos destinos do Acre até 2018”.


“Quando eu entrei no governo, eu entrei com a missão de trabalhar por quem mais precisa. Hoje o povo me disse: Tião leva pra gente o destino desse Estado até 2018. E eu vou levar com honra, com dignidade e com respeito os destinos desse Estado”, disse Sebastião, que aproveitou para posar ao lado da bandeira de seu time do coração, o Fluminense.


Sebastião Viana seguiu direto para o Palácio Rio Branco, onde participa da festa da vitória com a militância petista.


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Marcio e Bocalom travaram uma boa batalha


Quando a última urna do Acre foi apurada neste domingo (26) o povo do Acre passou a conhecer não apenas seus próximos representantes, mas também os personagens de uma nova correlação de forças políticas do Estado, lideranças em ascensão e de políticos em declínio. Os candidatos Marcio Bittar e Tião Bocalom, mesmo derrotados por Sebastião Viana (PT), saem maiores do que o tamanho que entraram nesta campanha. O tucano como portador oficial do discurso anti-PT; e o DEM – embora ficado no meio do caminho – por ter demonstrado através de Bocalom fidelidade ao projeto de oposição. Juntos, Marcio e Bocalom travaram uma boa batalha.


No primeiro turno embora em cenários diferentes, ao contrário do que ocorreu em eleições anteriores, Marcio e Bocalom se respeitaram, e mesmo sem uma ação articulada, alinharam-se na tentativa de desconstruir as “boas mudanças” propagandeadas por Sebastião Viana. Em alguns momentos, tucanos e democratas apresentaram propostas semelhantes para governar o Acre, como a bolsa jovem de incentivo à educação.


A eleição foi para o segundo turno. Marcio e Bocalom não perderam muito tempo para anunciar a “união das oposições” em torno de um projeto de mudança. Mas a campanha não foi suficiente para colar a onda azul de Aécio Neves no Acre, embora aqui, o candidato tucano levou adiante a supremacia do PSDB em eleições para presidente, vencendo a presidente Dilma Rousseff com 63,68% – uma diferença de 104.608 votos – enquanto Marcio Bittar teve apenas 48,71% dos votos válidos perdendo para Sebastião Viana por uma diferença de 9.851 votos


Qual será o papel de Bittar e Bocalom nos próximos anos na oposição?


Isso só o tempo vai dizer. A certeza é que ambos fizeram um bom combate e ambos fortaleceram o processo democrático exigindo um maior esforço da Frente Popular para confirmar nestas eleições a quinta vitória consecutiva do PT.


Em uma disputa apertada, Dilma conquista o quarto mandato consecutivo do Partido dos Trabalhadores


A presidente Dilma Rousseff ocupará o Palácio do Planalto por mais quatro anos. Numa disputa apertada com o tucano Aécio Neves, a petista venceu a disputa do segundo turno marcado por ataques de ambos os lados, além de e acusações de corrupção que expuseram as vísceras dos principais partidos políticos do país. Dilma obteve 51,45% contra 48,55% de Aécio Neves. No Acre, mais uma vez, o PT não conseguiu emplacar uma candidatura presidencial. Neves colocou uma diferença de mais de 100 mil votos em relação a Rousseff.


O resultado marca a eleição mais acirrada da história da redemocratização do Brasil. Os ex-presidentes Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula e a própria Dilma não ganharam de seus adversários por uma diferença tão pequena em pleitos anteriores. Antes de 2014, a menor diferença havia sido registrada em 1989, na disputa entre Collor e Lula. Na ocasião, Collor venceu com 42,75% dos votos, contra 37,86% obtidos pelo então candidato do PT. No Acre, Aécio Neves venceu com 63,68 dos votos, contra 36,32% de Dilma Rousseff. O tucano colocou mais de 104.608 mil votos de diferença em relação a petista.


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