O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciário do Acre (Sindap/Acre), Adriano Marques, mais uma vez denuncia a precariedade do sistema prisional no estado.
Em entrevista ao ac24horas, o sindicalista afirma que a situação tem se agravado nos últimos meses oferecendo sérios riscos à saúde não só dos agentes penitenciários, mas também dos detentos que se encontram sob a tutela do Estado.
Para Marques, o Governo tem feito “vista grossa” às precárias condições dos agentes penitenciários e dos detentos. Prova disso, segundo ele, são as péssimas condições da Unidade de Atendimento Médico e Ambulatorial do presídio Francisco de Oliveira Conde. A sujeira no local revela a impossibilidade na realização de procedimentos básicos de saúde.
Em posse de imagens do local, o sindicalista mostra ainda uma maca totalmente enferrujada, usada no atendimento dos detentos. Além disso, o sistema de esgoto do presídio tem sido outra grande preocupação, pois algumas fossas encontram-se abertas oferecendo grandes riscos à saúde dos servidores.
“O que temos que suportar é um verdadeiro atentado a saúde do trabalhador. Todos os dias, servidores e detentos são expostos a inúmeras doenças, o que caracteriza o local insalubre para desempenho das funções. O Acre é o único estado que não possui um planejamento estratégico de gestão prisional, as unidades estão superlotadas, agravando a situação de quem se encontra sob tutela do estado e causando ainda mais insegurança”, desabafa Adriano Marques.
Uma Kombi foi enviada, em péssimas condições, para unidade prisional Manoel Neri da Silva, de Cruzeiro do Sul.
O outro lado
A pouco menos de um mês à frente da diretoria do Instituto Penitenciário do Acre (Iapen), Martin Hussel, falou ao ac24horas sobre a denúncia, por meio da Chefe de Gabinete, Raquel Ribera.
“Quanto às denúncias apresentadas, o diretor Martin Hussel, destaca que é de seu total interesse que se tenha um olhar diferente para os problemas do sistema prisional no estado. Ele destaca que estão sendo tomadas as providências para resolver estes e outros problemas em todas as unidades. Novos Convênios estão sendo firmados visando soluções para as principais necessidades do sistema”, destaca Raquel Ribera.
Quanto à precariedade da Kombi enviada recentemente a Unidade de Cruzeiro, Raquel afirma que a mesma já está passando por um conserto e depois de concluída será destinada ao transporte de detentos, que desenvolvem ações de produção.
