O sargento militar que foi flagrado espancando uma jovem durante o atendimento de uma ocorrência, no último sábado em Plácido de Castro, sofrerá sindicância a partir desta quarta-feira (4). O caso vinha sendo mantido em sigilo até que as imagens do espancamento foram divulgadas pelas redes sociais.
O Comandante da CPO 3, coronel Ricardo, não divulgou o nome dos militares envolvidos, mas garantiu que o caso será levado à Corregedoria da PM “para garantir direito de defesa aos envolvidos”.
Ainda de acordo o coronel Ricardo, os militares atendiam uma ocorrência simples de briga entre três adolescentes, uma delas menor de idade. “Eles recebem todo um treinamento para não se excederem em qualquer tipo de ação”, explicou Ricardo afirmando que o sargento filmado puxando os cabelos da adolescente, “reconheceu que errou”, acrescentou.
O vídeo mostra os policiais imobilizando a jovem de nome ainda não identificado. Sem que ela esboce nenhuma reação contra o grupo de militares, mesmo assim, é agredida fisicamente. Um dos policiais com a ajuda de outro fardado arrastou a cidadã pelos cabelos e em seguida deferiu-lhe um tapa na cara.
A colega da jovem que gravava a ação pelo telefone celular gritou: “Bate em um homem, não bate em uma mulher não!” Estranhamente a cena deixou de ser gravada. Há informações não confirmadas, que após as agressões a mulher chegou a desmaiar.
Desde que o vídeo ganhou as redes sociais que o ac24horas tentou contato com o comando da Policia Militar em Plácido de Castro. Pela manhã, depois de diversas tentativas de falar com o Capitão Velasquez, a assessoria da Policia Militar em Rio Branco informou que o capitão estava em reunião com o Ministério Público Estadual.
Somente à tarde é que o comando da Policia Militar apresentou explicações sobre o fato. “O relatório será encaminhado à minha mesa nesta quarta e imediatamente será aberta uma sindicância. Vamos ouvir inclusive a menor e as outras adolescentes envolvidas na ocorrência, assim como os militares”, garantiu o Cel. Ricardo.
A partir da abertura da sindicância, a Corregedoria tem 15 dias para concluir o processo. O fato revoltou os internautas e as famílias das adolescentes em Plácido de Castro.