Sem estrutura, delegacia de Cruzeiro do Sul registra expediente manualmente

Os populares que precisam solicitar  a primeiro ou segunda via do documento de identidade, em Cruzeiro do Sul (AC), estão passando por sérias dificuldades. Sem internet, os servidores precisam fazer registros e expedientes manualmente. O problema persiste há duas semanas.

Dentre os problemas, o cidadão que necessita, por exemplo, fazer o pagamento da taxa do Furepol, não possui condições. Todo o processo é feito virtualmente e coloca em xeque as ações de logística e tecnologia do governo do estado.

O estudante Mateus Martins, de 14 anos, morador do Ramal 02, no Projeto Santa Luzia, disse que pretendia dar entrada na identidade com objetivo de participar dos jogos escolares, mas não conseguiu.

“Sai de casa  às 5h da manhã pensando que seria um dos primeiros a ser atendido, mas me deparei com essa situação. O difícil é saber que não vou poder participar e nem representar minha escola na competição mais aguardada do ano. É frustrante”, desabafa.

Outro exemplo é o do agricultor Francisco Souza, de 43 anos. Ele é morador da Comunidade Assis Brasil. Essa não é a primeira vez que o homem procura o serviço. Ele afirmou já ter desembolsado mais de R$100, somente em pagamento de transporte.

Francisco precisa do documento para ser contratado em uma empresa de construção civil e, temendo perder a vaga, desabafa: “Meu medo é de não conseguir o emprego por falta do documento”, declarou.

Segundo Francisco Conceição, vice-presidente do Sindicato dos Policias Civis do Estado do Acre, a falta da internet sempre afetou os serviços das delegacias da região.  Um dos principais setores afetados é o bancos de dados.

O sindicalista afirma ser impossível emitir certidões negativas. Um pessoa inocente já foi presa acusada de cometer crimes. Segundo Conceição, isso ocorreu porque não foi possível registrar um boletim de ocorrências, resguardando, assim, o trabalhador que, infelizmente, perdeu o emprego.

“A única rede de internet disponível em funcionamento na delegacia geral é particular e bancada pelos agentes. O serviço não possibilita o acesso ao sistema de informação da Secretaria de Segurança Pública do Estado”, afirmou.

Segundo a Polícia Civil, o problema se dá por conta do rompimento de um cabo de fibra ótima e que a empresa responsável já está resolvendo o problema. As informações são de Juruá Online.