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Fortunato diz que hidrelétricas contribuíram para cheia

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Da redação ac24horas


O pré-candidato ao Senado pelo PSOL, professor universitário Fortunato Martins, declarou que o penoso momento causado pelas cheias do Rio Madeira acendeu mais uma vez a luz vermelha para os grandes projetos desenvolvimentistas na Amazônia.


“Apesar de a atenção está sendo voltada para o ‘momento ímpar’ mencionado pelos dados do Sivam [Sistema de Vigilância da Amazônia], alertando que a precipitação das chuvas deste ano foi atípica, não se pode negar que as construções das hidrelétricas em Rondônia causaram imenso impacto na vida de muitas pessoas e contribuíram significativamente para a invasão das águas nas zona urbana e rural, aumentando os prejuízos, direta  e indiretamente, tanto no lado brasileiro como no boliviano.”


De acordo com Fortunato, os reservatórios contribuíram para que as águas chegassem a lugares aonde jamais chegariam. “Antes das construções, os estudos encomendados pelo Ministério Público de Rondônia indicavam que as inundações seriam bem maiores que as indicadas por Furnas, e que foram aceitas pelo Ibama.”


“Isso demonstra que a ciência e instituições que se colocaram ao lado da população não tiveram a devida atenção e respeito nas suas posições. A renúncia ao conhecimento científico e às particularidades da vida regional é indicativo de que o interesse é unicamente do lucro a qualquer preço para atender aos anseios do capital internacional e das empreiteiras”, afirmou Fortunato.


Para o pré-candidato, os projetos para a Amazônia não podem ser aceitos quando há indicativos de impactos ambientais duvidosos e que ponham em risco a vida dos habitantes.  Ele defende que a população, através das instituições representativas e dos movimentos populares, esteja atenta quanto aos projetos faraônicos prometendo riqueza.


“Penso que um grande projeto para a Amazônia deve priorizar a exclusão da pobreza de sua população, permitindo-lhe o acesso à terra e dela retirar seus ganhos, assim como dos imensos  recursos naturais existentes para serem transformados em artigos que agreguem valor nos processo de comercialização.  Não podemos permitir que sejamos ‘a última fronteira’ destinada meramente a atender aos interesses alienígenas com total desrespeito a nossa população.”, finalizou.


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