Porto Acre lembra 111 anos do fim da revolução acreana

Desde a noite de ontem (23) que o município de Porto Acre homenageia os heróis acreanos que participaram da revolução encerrada há 111 anos. Um show gospel marcou a solenidade. Nas primeiras horas desta sexta-feira foi feita uma salva de tiros e uma corrida pedestre. Os eventos acontecem na sede do município, localizada a 60 km da capital.

Um cinema histórico marca as atividades culturais do fim da revolução. No final da tarde acontece o desfile dos soldados com apresentação das Bandas da Polícia Militar e do 4º Batalhão de Infantaria e Selva (4º Bis).  As Festividades se encerram com atividades culturais com apresentação de quadrilhas e Show a partir das 19 h e 30.

O prefeito Carlinhos da Saúde lembra que as comemorações cívicas em torno da data foram resgatadas em sua gestão. “Não se comemorava mais essa data, estava esquecida”, acrescentou.

A História:

A revolução terminou em 24 de janeiro de 1903, e as ações mais agudas, decididas rapidamente, facilitou o desfecho favorável para os brasileiros. De acordo com o especialista em história do Acre Marcos Neves, o principal fator de sucesso foi o fato de pela primeira vez se formar um exército organizado na região.

“Era composto por seringueiros sem experiência militar, mas foi suficiente para direcionar corretamente os esforços militares na região”, afirma Neves. “E nesse aspecto a experiência de Castro foi fundamental”.

Depois da vitória militar, coube a Castro organizar a vida política e administrativa do novíssimo Estado Independente do Acre. Seu decreto número 1, de 26 de janeiro de 1903, mandava aplicar à justiça civil, criminal e comercial a lei brasileira, até que se promulgasse a Constituição do Estado soberano.

O decreto considerou válidos todos os títulos de propriedade, definitivos ou provisórios, expedidos pela Bolívia e pelo Estado do Amazonas. Definiu o português como língua oficial e adotou o padrão monetário do Brasil. Mas encontrou inimigos em seus antigos aliados.