O trabalhador autônomo Felipe Lima Fernandes Silva, 27 anos, mais conhecido como “Urso”, procurou a reportagem de ac24horas para denunciar um agente penitenciário conhecido como Jhonnie, que o teria espancado a socos e pontapés. O caso aconteceu a cerca de 10 dias, no Bairro Vitória, a poucos metros do quartel do 5º Batalhão da Polícia Militar, mas só agora a vítima teve coragem de denunciar o agressor.
A vitima afirmou trabalhava em uma marcenaria de propriedade do pai do acusado, localizada no mesmo bairro da ocorrência e que dias antes dos fatos, um amigo do acusado, que também é agente penitenciário e identificado pelo nome de Kelson, pediu que ele fosse até o banco realizar o pagamento de um documento, Felipe Silva disse que apesar de estar muito ocupado aceitou fazer o favor, mas passou o dinheiro e o documento para uma terceira pessoa que estava de saída ao banco.
A vítima diz ainda que o rapaz retornou horas mais tarde trazendo o comprovante do pagamento que foi entregue por ele a Kelson. Dias depois, Kelson e Jhonnie foram até sua casa afirmando que o documento não havia sido pago e que queriam a devolução do valor entregue a ele. Felipe Silva disse que devolveria o dinheiro e que cobraria do amigo que o havia enganado, só que horas depois os agentes penitenciários voltaram na companhia de outros dois funcionários da empresa e começaram agredi-lo.
A vítima disse que Jhonnie estava armado e que após agredi-lo fez uma série de ameaças.
“Eu disse que devolveria o dinheiro, mas que primeiro eu procuraria o rapaz que pedi para ir ao banco para saber o que havia acontecido, mas eles voltaram aqui na minha casa e me espancaram, estou com problemas no olho direito, tive dois dentes quebrados e a boca cortada por conta das agressões. O Jhonnie me ameaçou e disse que poderia denunciá-lo, pois nada aconteceria, no momento das agressões, ele estava armado. Estou com medo, pois minha esposa está gravida e temo pela minha vida e pela vida dela também”, comentou Felipe Silva.
A vítima registrou ocorrência na Delegacia da 5ª Regional, mas até o momento nenhuma providencia foi tomada. Felipe disse que irá denunciar o caso no Ministério Público e também na Corregedoria do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).
A reportagem entrou em contato com a Direção do Iapen que informou que nenhuma denuncia e procedimento chegou ao conhecimento da Corregedoria do Instituto. A reportagem também tentou entrar em contato com os agentes citados na denuncia por meio do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap/AC), mas até o fechamento da matéria não havia recebido retorno.
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