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Aprovação do governo Dilma cai a 55%, diz pesquisa CNI/Ibope

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A aprovação dos brasileiros ao governo de Dilma Rousseff piorou, de acordo com a pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com o Ibope divulgada nesta quarta-feira (19) em Brasília. Segundo a pesquisa, 55% dos entrevistados aprovam o governo da presidente, oito pontos percentuais a menos que na última pesquisa da série, divulgada em março, quando o governo era aprovado por 63% dos brasileiros.


De acordo com a pesquisa, 32% dos entrevistados consideram o governo regular; 13% avaliam ruim ou péssimo e 1% não sabem ou não responderam.


Apesar da queda, o percentual é superior ao mesmo período dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. O governo Lula era aprovado por 35%, e o de FHC, por 34%.


Considerando os entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo, houve queda de 5% na proporção de ótimo ou bom. Já entre os com renda familiar de 2 a 5 e de 5 a 10 salários, a queda foi de 10 pontos. Já no caso dos entrevistados com mais de 10 salários mínimos, a queda superou os 20 pontos percentuais. A região Nordeste manteve o maior percentual de ótimo ou bom: 66%.


A queda maior da avaliação do governo foi na região Sudeste e entre entrevistados com renda mais elevada, diz o CNI/Ibope. De acordo com a pesquisa, 32% dos entrevistados consideram o governo regular; 13% avaliam como ruim ou péssimo e 1% não sabem ou não responderam.


Aprovação pessoal

A aprovação pessoal da presidente também caiu oito pontos e chegou a 71% — estava em 79% na última sondagem. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 25% dos entrevistados desaprovam o modo de governar de Dilma, e 4% não sabem ou não responderam.


O dado é superior ao mesmo período de Lula da Silva e FHC. Lula era aprovado por 55% e FHC por 49%.


A pesquisa de hoje confirma tendência de queda verificada pelo Instituto Datafolha. Na pesquisa divulgada pelo instituto no começo de junho, o governo era aprovado por 57% dos entrevistados.


Caiu também a expectativa em relação ao restante do governo, passando dos 65% para 55%. Recuou também o percentual da população que confia na presidente: caiu de 75% para 67%. Ainda segundo a pesquisa, seis das nove áreas de atuação do governo foram desaprovadas pela maioria da população: segurança pública (67%), saúde (66%), impostos (64%), combate à inflação (57%), taxa de juros (54%), e educação (51%).


Avaliação por áreas

A pesquisa também realizou uma avaliação por área de atuação e, de maneira geral, houve piora em todas. Houve um aumento de 10 pontos no percentual de desaprovação da política de combate à inflação. Três áreas obtiveram aprovação por mais da metade da população: combate à fome e à pobreza, meio ambiente e combate ao desemprego. E seis áreas foram desaprovadas pela maioria: segurança pública, saúde, impostos, combate à inflação, taxa de juros e educação.


A área de segurança pública que obteve a maior desaprovação, 67%, mas não houve mudanças significativas em relação à ultima pesquisa de junho. Junto com a segurança pública, a saúde está entre  as áreas com a pior avaliação da população.


A pesquisa foi feita antes do auge das manifestações que acontecem por todo o Brasil e, por isso, não houve influência desses fatos.


Entre as notícias mais lembrados sobre o governo Dilma, o tema política e programas sociais ganha. Em março, foi lembrado por 10% dos entrevistados e em junho o percentual subiu para 26. O que levou a esse aumento foi o boato sobre o fim do Bolsa Família, lembrado por 15% dos entrevistados. Antes, quando se lembrava notícias desta área era de forma positiva, mas, desta vez, foi de forma negativa. As obras da Copa do Mundo ficaram com 10% da lembrança da população, com o foco direcionado para as entregas do estádios, e não para os gastos públicos.


Para Renato da Fonseca, gerente executivo de pesquisa da CNI, essa pesquisa confirma a tendência de outras feitas na mesma época. “Felizmente não fizemos a pesquisa depois dos protestos. Foi até bom os fatos não terem contaminado a pesquisa. Há uma insatisfação clara, mas ainda precisamos entender como isso irá se refletir na avaliação dos governantes e é esse justamente nosso objetivo quando perguntamos às pessoas sobre as notícias mais lembradas.”


Ele ainda considera que problemas na economia, como a possível volta da inflação e o aumento do desemprego, podem ter impulsionado o resultado negativo da pesquisa em relação ao governo Dilma.


A pesquisa não abrangeu a expectativa em relação às eleições presidenciais de 2014. De acordo com Renato Fonseca, por não haver, ainda, candidatos definidos.


A pesquisa avalia trimestralmente a opinião pública com relação à administração federal. Os pesquisadores foram às ruas entre os dias 8 e 11 deste mês e ouviram 2.002 pessoas em 143 municípios.


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