Luciano Tavares – da redação de ac24horas
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A Defensoria Pública do Acre vai continuar sofrendo com a falta de defensores. É que os 12 defensores empossados recentemente pelo governador Sebastião Viana passaram em concursos da instituição de outros Estados. Três deles se transferirão para o vizinho estado de Rondônia, que paga salário inicial de R$ 17 mil para defensores; outros para o Tocantins, que remunera com vencimento inicial de R$ 22 mil, além do Sergipe e do estado da Bahia.
E a única razão para a transferência desses defensores é a baixa remuneração no Acre, diz o presidente da Associação dos Defensores do Acre, Celso Araújo.
“Estão trocando Defensoria Pública por Defensoria Pública. Tudo por causa da remuneração. Dos 12 empossados, 6 já passaram em concursos da Defensoria de outros Estados e os outros seis estão em fase final de concursos das outras Defensorias. Nós estamos perdendo profissionais capacitados para outros concursos da própria Defensoria, ou seja: está havendo migração da Defensoria Pública do Acre para as Defensorias Públicas de outros Estados. Os 12 aprovados pretendem ficar pouco tempo no Acre, pois além de ser distante do centro econômico do país, o Acre remunera mal os seus Defensores. A única maneira de minimizar a evasão na carreira é realinhar o salário utilizando como parâmetro as outras Defensorias Públicas do país. Os Defensores não tem estímulo em ficar no Estado”, diz.
Ainda de acordo com o Celso Araújo, o Acre é o Estado que paga o segundo pior salário para defensores do país: R$ 9,6 mil em inicio de carreira. Enquanto que Rondônia paga R$ 17, 5 mil e Roraima, que tem o PIB menor que o do Acre paga R$ 17 mil também em inicio de carreira.
Entre as preocupações está com o município de Cruzeiro do Sul. A sede do Vale do Juruá corre o risco de ficar sem seus defensores. Eles estão entre os classificados para os outros estados.
O Acre que atualmente tem 61 defensores voltará a ter 49 com a mudança para outros estados dos recém-empossados.
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