Trabalhadores do Saerb entram greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira
Os trabalhadores do Saerb decidiram paralisar suas atividades por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira, 4. A decisão foi tomada por unanimidade em assembleia realizada nesta segunda-feira, 1º , na sede do Sindicato dos Urbanitários.
“A greve visa a sensibilizar a Prefeitura e o Governo para a necessidade de uma revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), reposição salarial e melhoria nas condições de trabalhos nas unidades operacionais da autarquia”, informa o presidente do Sindicato, Fernando Barbosa.
O dirigente Edinho Monteiro Carneiro, que é do quadro do Saerb, lembra que a revisão do PCCS, para corrigir distorções, está sendo prometida há mais de dois anos, mas nunca há uma proposta concreta por parte da Prefeitura e do Governo do Estado.
“Além disso, todas as secretarias já tiveram reajustes salariais e correções no PCCS que não contemplaram os trabalhadores do Saerb”, argumenta Edinho. As condições de trabalho nas unidades da autarquia, segundo ele, são as mais perigosas possíveis, pois estações de tratamento e reservatórios não têm vigilantes e nem uma proteção contra a invasão de vândalos e usuários de droga.
De acordo com Barbosa, a população não vai ser afetada com a paralisação, pois a greve obedecerá a lei mantendo 30% dos trabalhadores dos setores essenciais. “Esperamos que os responsáveis flexibilizem suas decisões e chamem os trabalhadores com uma proposta concreta, evitando assim maiores transtornos para os serviços e para a sociedade”, concluiu.

A diretoria da Organização em Centros de Atendimento (OCA) decidiu suspender as atividades da OCA Xapuri após o município ser bastante afetado pela enchente após fortes chuvas.
Ainda sem data prevista para o retorno dos atendimentos, a OCA Xapuri ficará fechada até que a ameaça de alagamento seja totalmente descartada, e continuará sendo avaliada diariamente pela diretoria OCA.
“Precisamos nos antecipar para evitar danos aos equipamentos, documentos e móveis na Central de Xapuri. O aumento no volume das águas no município, assim como em todo o estado, tem sido constante e precisamos tomar todos os cuidados necessários, assim como dar assistência às pessoas que precisam”, diz a diretora da OCA, Francisca Brito.
Para mais informações, entrar em contato com a Central de Atendimento Telefônico, nos números (68) 3215-2475; (68) 3215-2400; (68) 3215-2427; (68) 3215-2445.

O governador Gladson Cameli, a vice-governadora Mailza e vários secretários de Estado estiveram na última terça-feira em visita às cidades do Alto Acre para acompanhar de perto a situação das comunidades alagadas.
Por meio do Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre), foi o governados garantiu o valor de R$ 1 milhão, com as prefeituras de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri para a execução de serviços de limpeza e retirada de entulhos.
As autoridades também acompanharam os trabalhos da sala de situação mantida pela Prefeitura de Brasileia, fizeram um sobrevoo de helicóptero nos bairros afetados e dentro de embarcações percorreram áreas que estão debaixo d’água na cidade.
“Não podemos perder tempo. O governo do Estado e as prefeituras estão de mãos dadas neste momento tão difícil para o nosso povo, que tanto precisa da nossa ajuda nestes últimos dias. Juntos, vamos superar essa situação”, declarou Cameli.
A vice-governadora Mailza também defendeu a parceria entre as instituições. “A união é a nossa maior força neste momento. É desta forma que daremos a melhor resposta para ajudar a nossa população a superar este momento tão difícil”, enfatizou.
Cerca de 15 órgãos do governo acreano e outras instituições estão diretamente envolvidos no socorro aos moradores. A principal delas é a remoção de família das áreas alagadas para lugares seguros. O trabalho é realizado pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, em parceria com as prefeituras locais.
Além disso, o Estado disponibilizou prédios públicos para receber as famílias desabrigadas. Um destes espaços é a Escola Estadual Kairala José Kairala. Mais de 100 pessoas estão no local.
Ônibus da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) fazem o transporte nas ruas alagadas de servidores que trabalham nos órgãos públicos essências nas duas cidades.
O governo realizou a entrega de cestas básicas, produtos de limpeza e higiene pessoal, cobertores e colchões aos quatro municípios da regional do Alto Acre. “São mais de R$ 115 mil em itens de primeira necessidade para distribuir a quem mais precisa. Nos próximos dias, estaremos enviando mais ajuda do Estado”, explicou Lauro Santos, secretário de Assistência Social e Direitos Humanos.

A esperada vazante do Rio Acre foi registrada nas cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, durante a madrugada desta quarta-feira, 29, segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Nas duas cidades, mais de mil famílias estão desabrigadas ou desalojadas, a maior parte em Brasiléia, onde praticamente toda a área do centro antigo está inundada.
O rio começou a baixar na área de fronteira com a Bolívia após estabilizar em 13,63 metros no decorrer da noite desta terça-feira, 28. Às 6 horas desta manhã, a medição marcou 13,55 metros.
Agora, a expectativa da Defesa Civil nos municípios de Xapuri e Rio Branco, onde o rio ainda deverá continuar subindo de nível por várias horas, é de que a vazante progrida com maior rapidez.
Após o pico em Assis Brasil, no último sábado, a vazante registrada no município da tríplice fronteira levou mais de 72 horas para chegar a Brasiléia e Epitaciolândia.
Em Xapuri, onde a enchente desalojou o Quartel da Polícia Militar e o hospital da cidade, o Rio Acre subiu mais 7 centímetros entre a meia-noite de terça-feira e às 6 da manhã desta quarta-feira.

Na noite desta terça-feira, 28, milhares de pessoas lotam o Calçadão da Gameleira, na região do Segundo Distrito de Rio Branco, para acompanhar a cheia do Rio Acre – que registra na última medição 16,91 metros.
No decorrer do dia, o manancial acabou transbordando parte do calçadão e atraindo assim a atenção de curiosos que aproveitam o momento para observar a paisagem com amigos e familiares.
Em meio a atenção da multidão, muitos aproveitam o espaço e o público para ganhar uma renda extra. É o caso do César, 44 anos, morador do Habitasa que acabou perdendo tudo devido à enchente.
Segundo ele, há 20 anos vende churrasquinho para sobreviver e desta vez, vai juntar recursos para estruturar a vida. “Sustentar a família e para pagar aluguel, luz e comprar as coisas que perdi”, comentou.
Fotos de Jardy Lopes:
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