Ao tomar conhecimento da situação de violação aos direitos humanos vivenciada por brasileiros presos na Bolívia, o senador Aníbal Diniz e o secretário estadual de Direitos Humanos, Nilson Mourão, realizaram reuniões com familiares dos presos envolvidos na rebelião da última segunda-feira (11) no presídio Vila Bush na Bolívia, que resultou na morte de um brasileiro. Senador e secretário também buscaram informações junto ao Consulado, além de visitarem os presos feridos e checarem in loco a situação dos brasileiros no presídio boliviano.
“O presídio é chocante”, disse o senador lembrando que lá dentro o que vigora é a lei do mais forte. “Todas as informações serão enviadas às autoridades competentes”, afirmou o senador.
A reunião com os familiares dos presos aconteceu na Câmara Municipal de Epitaciolândia, ocasião em que foram feitas várias denúncias de maus tratos e extorsão dentro do presídio boliviano. Depois de ouvir atentamente todas as reclamações e reivindicações das esposas, mães e irmãs dos detentos eles seguiram para Cobija, onde aconteceu a reunião com o Cônsul do Brasil na Bolívia.
Já no consulado o secretário estadual de Direitos Humanos e o senador cobraram prioridade em algumas ações consideradas emergenciais, como: garantia de vida dos envolvidos na rebelião que foram jurados de morte pelos outros detentos bolivianos; tratamento adequado para o detento que se encontra ferido e precisa ser encaminhado para outra cidade para fazer exames mais detalhados, além de acompanhamento jurídico para os demais brasileiros que se encontram presos no país vizinho.
O senador Aníbal Diniz sugeriu ainda que o Consulado brasileiro faça um relato da situação para o Ministério das Relações Exteriores para que tomem providências, e, se comprometeu em apresentar esse relato sistemático na próxima quarta-feira (20), em Brasília, na audiência pública da Comissão das Relações Exteriores.
O cônsul, Guilherme Barbosa, no cargo desde o início do ano, explicou que os relatos estão sendo feitos e que já há o pedido de transferência dos detentos envolvidos na rebelião. Já o preso ferido que necessita de transferência para realizar exames está aguardando decisão judicial.
Depois da conversa, todos seguiram para o hospital Roberto Galdino, em Cobija, e lá visitaram os três brasileiros feridos na segunda-feira de Carnaval. Adaíldo Barbosa, 26 anos, Gilmar Lima, 20 anos e Antônio Gonsalves, 21 anos.
Atualmente, segundo o consulado, o presídio Vila Bush tem capacidade para 80 pessoas e encontra-se com cerca de 170 detentos, dos quais 33 são brasileiros.
No presídio a entrada foi limitada ao cônsul, Guilherme Barbosa, ao senador Aníbal Diniz, ao Secretário de Direitos Humanos, Nilson Mourão, ao prefeito de Epitaciolândia, André Assem que acompanhou a agenda desde a reunião no consulado, e, a advogada do consulado, Jakeline Ortega.
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