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Morte de doze crianças indígenas no Alto Purus foi por contaminação das reservas de água potável que abastecem as Aldeias

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Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com


Um ano depois de iniciarem os casos de morte entre crianças indígenas no Alto Juruá, o relatório da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos – 2012 divulgou a causa dos óbitos de treze crianças indígenas que moravam em aldeias próximas à cidade de Santa Rosa do Purus, na fronteira do Acre com o Peru.


Além de ligar a causa das mortes à precariedade das condições de vida, o relatório afirma que os 13 óbitos, foram decorrentes da poluição das reservas de água potável que abastecem as aldeias e da falta de acompanhamento e orientação na área de saúde preventiva.

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As crianças apresentavam sintomas de febre alta, vômito e diarreia, tinham entre seis meses e um ano de vida. Seis delas morreram na própria aldeia e apenas uma chegou a ser encaminhada para a cidade de Rio Branco.


Ainda de acordo o extenso relatório, a expansão sobre as terras indígenas das fronteiras econômicas ligadas ao agronegócio e ao extrativismo, bem como a abrupta sedentarização das comunidades e a progressiva degradação ambiental, compõem o quadro de elevados índices de enfermidades, sobretudo de crianças.


Até hoje órgãos ligados ao governo do Acre que investigaram a causa das mortes não se manifestaram oficialmente sobre o caso. O mesmo aconteceu com as secretarias municipais de saúde dos municípios de Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Manoel Urbano. O caso também foi acompanhado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena.


O CIMI no Acre chamou a atenção para o abandono dos povos indígenas em suas várias dimensões. A preocupação foi respaldada no relatório que aponta para a urgência da reestruturação da política nacional de atenção à saúde indígena e o papel da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), criada recentemente.


O documento, que é divulgado anualmente há 13 anos, apresenta um panorama sobre os direitos humanos no País durante o ano de 2012, discutindo questões como o trabalho escravo, a violência contra os indígenas, homofobia, Lei da Anistia e outros assuntos.

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