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Casos de malária no Juruá aumentam 20% em relação ao mesmo período do ano passado

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Os agentes de endemias que trabalham nos municípios do Vale do Juruá  mais atingidos pela malária – Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves – têm a orientação na ponta da língua: “faça uso do medicamento até o fim do tratamento”. O cuidado individual com a própria saúde é o fator mais importante do combate à doença que mais afeta a região e que, a partir de outubro, começou a apresentar crescimento acelerado de casos, atingindo 20% a mais que no mesmo período de 2011.


Desde junho, o Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde intensifica as ações de controle e combate à malária. A partir deste mês entra no período mais crítico que segue até abril. O ano de 2012 foi o que apresentou o menor número de casos (em março) desde 2003 e também o maior para o período desde 2010. Até o dia 30 de novembro, foram registrados 2.211 casos da doença.

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Aumento do índice pluviométrico com a chegada antecipada das chuvas faz aumentar também a proliferação do mosquito. Outro fator observado pelo Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre para o aumento dos casos é a mudança cultural da população rural da região. A chegada de benfeitorias como luz elétrica altera os hábitos dos moradores. “Antes, as pessoas iam pra debaixo dos mosquiteiros às 8 ou 9 da noite. Agora ficam até onze da noite vendo TV na sala, usando o computador. Essa exposição faz com que fiquem mais vulneráveis ao mosquito”, avalia Izanelda Magalhães, gerente de Vigilância em Saúde explicando que qualquer alteração no comportamento humano ou no ambiente tem interferência direta no aumento dos vetores.


Agentes fazem visitas diárias em locais de alta transmissão


É fato comum que moradores desses três municípios mais endêmicos para malária após apresentarem melhora do quadro sintomático no segundo dia, param de tomar os remédios. Os 213 agentes que atuam nestas cidades fazem visitas nas casas a cada dois dias. Nos locais de alta transmissão, as visitas são diárias. Eles levam kits para diagnóstico (colhem as amostras de sangue), levam o material para o laboratório e, se positivo, retornam no mesmo dia ou no dia seguinte com a medicação. “Eles chegam a instalar os mosquiteiros impregnados e explicar seu uso e manutenção”, conta Izanelda Magalhães ressaltando que o empenho desses trabalhadores é mais um motivo para que a população faça a sua parte.


Ela diz que neste momento a população deve ficar muito mais alerta para evitar contrair a malária. Não se expor nos horários de pico (ao amanhecer ou ao entardecer), usar todas as noites os mosquiteiros impregnados – em toda a região foram distribuídas 60 mil unidades – e, principalmente, completar o esquema terapêutico, ou seja, tomar a medicação até o fim. Contra a malária vivax o tratamento é de 7 dias e contra falciparum, de 4 dias.


Em todo o Estado são feitos 500 mil exames para diagnóstico de malária por ano, 300 mil deles somente em Cruzeiro do Sul, que representa 60% do total de casos do Acre.  É importante que, ao sentir os primeiros sintomas, a pessoa procure imediatamente as unidades de saúde. A demora em buscar tratamento pode agravar o quadro. Febre alta no mesmo horário com calafrios, náuseas, dor de cabeça e cansaço e são alguns dos sintomas. Não houve registro de nenhuma morte por malária este ano no Acre.


Da Agência de Noticias do Acre


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