“Não consigo entender como um partido busca
filiados de um aliado para crescer”, diz Petecão
Luciano Tavares – da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com
“Em política, os aliados de hoje são os inimigos de amanhã”. A frase atribuída ao filósofo italiano Nicolau Maquiavel se reflete na relação política entre o deputado federal Márcio Bittar (PSDB) e o senador Sérgio Petecão (PSD), dois propensos candidatos ao governo do Acre pelo mesmo campo, o da oposição.
Mal terminaram as eleições municipais e nos bastidores os dois protagonizam uma verdadeira guerra fria entre si, e antecipam a disputa pelo posto de candidato da oposição ao governo do Acre.
Petecão, com seu linguajar popular diz que “não abre nem para um caminhão carregado de areia”. Bittar por outro lado defende a união das oposições em torno de uma candidatura, que seria a dele.
Bittar e Petecão estiveram “juntos” nas eleições municipais em quase todos os palanques do interior.
Em seis municípios, Assis Brasil, Porto Acre, Capixaba, Feijó, Santa Rosa e Plácido de Castro, PSDB e PSD encabeçaram chapa para prefeito. Ganharam em três. O PSDB com os prefeitos e o PSD com os vices.
Em Rio Branco Petecão e Bittar se juntaram no 2º turno pela necessidade de derrotar o PT de Sebastião Viana, mesmo sem aceitar o linha dura Bocalom.
Quem vê os dois juntos imagina que ambos são amigos de infância. Mas nada disso, os dois passaram a trocar uma metralhadora de farpas, principalmente após o término das eleições.
Márcio Bittar, entretanto, pondera e jura que “da parte dele não tem e nem vai ter nenhuma guerra”. “Ainda hoje (terça-feira) conversamos. Eu só sou candidato se for junto. Se não for eu não sou candidato. Se não for assim a oposição vai assinar seu atestado de óbito”, diz o parlamentar tucano.
Por outro lado, Petecão diz que “também vai trabalhar pela unidade. Sem querer ser arrogante, mas até o momento quem derrotou o PT numa eleição fui eu, quando o povo me elegeu senador”.
No campo de guerra minado das oposições, Bittar deu seu primeiro tiro certeiro: conseguiu cooptar todo o PSD de Feijó junto com o seu comandante, o ex-candidato a vice na chapa de Dindin, Doutor Baba.
“Fui convidado pelo Márcio e o doutor Wilson para ir para o PSDB. Aqui ficou polarizado entre o 13 e o 45. Eu pleiteio uma candidatura de deputado. Sou pré-candidato a deputado e vou presidir PSDB aqui a partir de Março”, confirma Doutor Baba, que praticamente esvaziou o PSD em Feijó, filiando 14 ex-membros do partido ao PSDB.
“Não vai ser o primeiro e nem o último que a gente vai perder. Na verdade se a gente perdeu é porque nunca foram nossos. Só não consigo entender como um partido busca filiados de um aliado para crescer”, cutuca o senador se referindo a investida do PSDB contra o PSD.
As percas levaram o senador a preparar uma ofensiva para o fortalecimento do partido no Acre, durante encontro neste final de semana em Brasileia com os filiados da sigla, quando na oportunidade serão apresentados os 12 vereadores eleitos e os três vice-prefeitos do partido.
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