Acredite: Cidade de Rio Branco, administrada por Angelim, está entre as piores no índice de responsabilidade fiscal, social e de gestão

Jairo Carioca – da redação de ac24horas
Com média 0,410 registrada em 2010, o município de Rio Branco é o 22º do ranking de desempenho do índice de responsabilidade fiscal, social e de gestão dos municípios brasileiros. Os resultados foram apontados no estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O índice geral é pior do que em 2002 [0,467] quando a gestão era do ex-prefeito Flaviano Melo [PMDB]. Com relação a 2009, Rio Branco teve uma queda no índice geral de -12,2%.
O IRFS aponta que os Municípios em 2010 obtiveram uma queda de desempenho no IRFS em relação ao ano anterior. Das três áreas avaliadas, a social e a gestão caíram, porém a dimensão fiscal aumentou. Vale ressaltar que em 2010, segundo ano de mandato dos prefeitos, a recuperação da crise econômica mundial foi lenta e gradual, e consequentemente, as transferências federais para os Municípios também tiveram uma recuperação demorada.
Na avaliação por estado, o Acre só pontua no quesito gestão, com o município de Rio Branco. Entre os 100 melhores classificados no IRFS, o Estado zera na gestão fiscal e social e no índice geral avaliado.
Entre os 100 melhores classificados no índice geral, a maioria pertence ao Rio Grande do Sul (37), seguido de São Paulo (27). No quesito fiscal, a maioria é gaúcha (46). No índice de gestão a maioria é mineira (18). E no social, é paulista (26). Ou seja, uma boa posição no ranking fiscal confere aos Municípios gaúchos o melhor posicionamento geral.
Se compararmos as capitais dos estados, podemos notar que Campo Grande (MS) se destaca no crescimento de seu índice no período – de 0,476 em 2002 para 0,507 em 2010 – um aumento de 6,7%. A outra capital com um crescimento expressivo foi Florianópolis (SC) com aumento de 3,6%, seguida por Belém (PA) com aumento de 3,3%. O pior desempenho foi de João Pessoa (PB) que decresceu 23,5% do seu índice no período.
As capitais com os maiores IRFS em 2010 são: Campo Grande (MS) que obteve 0,507, seguida de Teresina (PI) com 0,505 e Florianópolis (SC) com 0,498. Dentre as 26 capitais avaliadas com o IRFS em 2010, 24 ficaram com índice abaixo de 0,500 sendo João Pessoa (PB) a que obteve o pior desempenho com 0,364.
O desafio dos próximos prefeitos
De acordo com os dados apresentados pela Confederação Nacional dos Municípios em encontro que aconteceu na cidade de Manaus, no último dia 30, o principal desafio dos próximos prefeitos eleitos será o de ampliar a capacidade de investimento. O estudo mostra que as cidades têm melhorado a arrecadação própria, mas piorado no índice gestão.
Ainda segundo a CNM, o esforço de vencer esse desafio será tanto maior quanto maiores as necessidades de contratação de pessoal para atender às crescentes responsabilidades nas áreas sociais, o que reduz o espaço fiscal em conjunto com as restrições de financiamento.
Nesse sentido, os Municípios devem aumentar a eficiência municipal.
Procurado, o gabinete do prefeito Raimundo Angelim informou que o mesmo encontra-se em Brasília buscando mais recursos para a capital. O prefeito em exercício, Juracy Nogueira, disse que não comentaria o assunto.
O estudo técnico pode ser visto completo no seguinte endereço: http://www.cnm.org.br/images/stories/Links/Estudo_IRFS_2010_Verso_Final.pdf

Na noite desta terça-feira, 28, milhares de pessoas lotam o Calçadão da Gameleira, na região do Segundo Distrito de Rio Branco, para acompanhar a cheia do Rio Acre – que registra na última medição 16,91 metros.
No decorrer do dia, o manancial acabou transbordando parte do calçadão e atraindo assim a atenção de curiosos que aproveitam o momento para observar a paisagem com amigos e familiares.
Em meio a atenção da multidão, muitos aproveitam o espaço e o público para ganhar uma renda extra. É o caso do César, 44 anos, morador do Habitasa que acabou perdendo tudo devido à enchente.
Segundo ele, há 20 anos vende churrasquinho para sobreviver e desta vez, vai juntar recursos para estruturar a vida. “Sustentar a família e para pagar aluguel, luz e comprar as coisas que perdi”, comentou.
Fotos de Jardy Lopes:

O idoso Francisco de Mendonça Filho, de 72 anos, sofreu um mal súbito e morreu na tarde desta terça-feira, 28, dentro do seu alojamento situado no módulo, no Parque de Exposição Wildy Viana, localizado na Rodovia AC-40, bairro Santa Helena, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.
De acordo com informações da diretora da Assistência Social e Direitos Humanos – SASDH, Rila Frezee, o idoso chegou no parque Wildy Viana na tarde desta segunda-feira, 27, foi colocado no seu módulo juntamente com a sua família e estava recebendo todos os atendimentos necessário. Na tarde desta terça-feira, ele sofreu um mal súbito e ficou inconsciente.
Imediatamente familiares acionaram a coordenadora do parque que acionou a equipe médica que se encontrava a disposição dos desabrigados. A médica chegou ao local e encontrou a vítima no chão sem os sinais vitais, e iniciou às massagens cardíaca. A ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada, quando os paramédicos chegaram ao local continuaram os procedimentos de reanimação por aproximadamente uns 30 minutos, mas o idoso não retornou seus batimentos cardíaco, restando apenas ao médico atestar o óbito.
A equipe médica do local chegou a informar a reportagem do ac24horas que Francisco sofria de hipertensão, diabetes e tinha um membro mutilado.
A área foi isolada pela Polícia Militar e o corpo foi retirado do abrigo por uma equipe contratada pela SASDH e levado até a funerária para os devidos procedimentos.
A Diretora da Assistência Social e Direitos Humanos – SASDH, Rila Frezee, informou a reportagem que toda assistência será dada a família desde o funeral até ao sepultamento.

A Assembleia Legislativa do Acre aprovou nesta terça-feira (28) projeto de lei enviado pelo governador Gladson Cameli retomando o Auxílio do Bem com valor de R$ 3 milhões para pagamento de R$ 300 a cada família alagada, além da antecipação de parte do 13º salário e de um terço de férias para servidor estadual afetado e definindo auxílio financeiro para municípios do Vale do Acre enfrentarem a situação.
Nas comissões, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que trata-se de uma cópia mal-feita da primeira versão do Auxílio do Bem, uma vez que o governo incluiu apenas a palavra “alagação”. Ele pediu mais recursos para o programa.
O Conselho Nacional de Política Fazenda (Confaz) deve debater no dia 31 de março o pedido do Governo do Acre autorizando medidas de ordem tributária, inclusive a prorrogação dos prazos para pagamento do ICMS a empresas afetadas pelas cheias.
Outro PL aprovado cria o cargo de Diretor-Geral Administrativo do Tribunal de Justiça do Estado do Acre.

Desde que o Rio Acre alargou pela cheia em Rio Branco, as tardes na Gameleira ganharam vida com a visita da população. Milhares de pessoas têm comparecido ao local para contemplar a beleza do rio que, na maior parte do tempo, não tem sua paisagem observada por tantos olhares atentos.
Em meio a essas pessoas, no fim da tarde de ontem, 27, estava o senhor Antônio Eduardo, de 57 anos. Além de observar as águas do rio, Antônio pescava, e disse à reportagem que mais pessoas deveriam aproveitar a beira do rio. “É gostoso desestressar um pouco. Você que está preocupado com a vida ou fazendo coisas que não é pra fazer, venha aqui dar uma pescadinha. É bom ser participante disso na vida, porque na vida não sabemos o dia de amanhã, então temos que aproveitar o hoje”, defendeu.
Antônio deu dicas para o sucesso da pescaria. A linha usada por ele é a 0.80, o anzol que recomenda é de surubim, e as tardes são excelentes para a pescaria principalmente após uma chuva. A isca usada por ele é a minhoca, mas carnes também devem funcionar.
Ao lado de Antônio, uma criança acompanhada de seu pai pescava de molinete. Os pescadores também se tornaram atração de pessoas que paravam para acompanhar a prática.
O Rio Acre, segundo os pescadores, é sim, bom de peixe. A espécie mais pescada por Antônio foi o Piranambú, peixe omnívoro de abundância em toda bacia amazônica e conhecido fora do Acre como barbado-branco. Mal visto entre muitos na região, há quem diga que o Pirarambú é o urubu das águas e se alimenta de corpos em decomposição. “Não vejo problema nenhum. Qual o peixe que não come gente morta dentro da água? Todo peixe come o que encontrar, a não ser que seja herbívoro”, disse Antônio Eduardo.
Veja o vídeo:

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