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Quem pensa, muda, diz Fernando Melo ao justificar saída do PT

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Luciano Tavares, da redação de ac24horas
lucianotavares@ac24horas.com


O candidato do PMDB à Prefeitura de Rio Branco, Fernando Melo foi o sabatinado desta quinta-feira, no Gazeta Entrevista, pelo jornalista Alan Rick e os internautas, na série de participações dos prefeituráveis, iniciada esta semana pela emissora.

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Depois de apresentar seu plano de governo, o peemedebista falou de suas prioridades caso seja eleito. Para Fernando Melo, é preciso um impacto de gestão em três áreas: saúde, educação e assistência social.


Apresentando números oficiais, o candidato disse que a prefeitura investe apenas 16% na educação. Ele fez um comparativo entre a capital acriana e a cidade de Cruzeiro do Sul, que é administrada pelo PMDB, onde a prefeitura investe 33% no setor.


Melo disse que para captar recursos “além das emendas parlamentares nós temos os ministérios. É possível fazer parcerias com o governo federal. Nós não temos vergonha disso. Nós (PMDB) temos seis ministérios”, disse.


O candidato não quis se precipitar em dizer que vai diminuir o número de secretarias municipais. Ele acrescentou, no entanto, a possibilidade de promover fusões de setores. “Eu quero estar com uma máquina qualificada. Podemos até dizer que vamos unificar as áreas de finanças com planejamento. Ou a Secretaria de Obras, a Emurb e Semsur. Mas isto estamos analisando”, afirma.


Fernando Melo disse ainda que não recebeu resposta do ofício que fez ao prefeito Raimundo Angelim (PT) pedindo a ele que abra as portas da administração municipal para que os candidatos tenham acesso à estrutura administrativa do município. “Fizemos um oficio pedindo ao prefeito (Angelim) para que ele abra as portas para os candidatos conhecer a estrutura. Ele ainda não respondeu. Mas na semana que vem vamos bater nas portas dos secretários para obter informações”.



Não teve como Fernando Melo fugir do velho “carma” que o persegue: sua vida política enquanto petista e a razões de sua mudança para a oposição. O peemedebista foi filosófico na resposta ao dizer que “quem pensa muda, por isso mudei!”


No setor do transito, Fernando Melo propõe o sincronismo de alguns semáforos na área central. “Prefeito tem que ir pra rua, para conhecer. Apesar de o transito ter sido municipalizado, a prefeitura nunca assumiu o transito”, critica o candidato.


Já no transporte coletivo, Melo disse que quem promete que vai abaixar a tarifa “tem que ter cuidado porque a Petrobrás acaba de anunciar um aumento no combustível de 7%”. “Não posso reduzir tarifas se não reduzir custos. Mas se for possível baixar a gente vai baixar. Só não podemos prometer aqui que vamos baixar”, disse o candidato.


Melo criticou a reversão do Saerb. Ele não descartou brigar para ter o órgão de volta no município, caso seja eleito prefeito. “Se a gente sentir que o governo não vai resolver este problema, como não tem resolvido no interior onde ele é responsável, a gente vai lutar para trazer de volta esse serviço”.

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O peemedebista encerrou a entrevista criticando o modelo de programa habitacional do governo petista. Ele citou como exemplo o Projeto Cidade do Povo. “Vou trabalhar para verticalizar a cidade. Eu acho um absurdo você querer aumentar o perímetro urbano da cidade. Temos uma cidade e tão querendo construir essa outra cidade do povo. Sou a favor de habitação, mas de forma verticalizada como o Manoel Julião, por exemplo. Olha a dificuldade que nós temos para coletar lixo na cidade de Rio Branco. Nós vamos criar outra cidade! Nós vamos ter problema de segurança. Nós vamos ter que criar mais escolas. Ou seja, a gestão dessa cidade do povo, eu quero saber de onde é que vai sai o dinheiro para fazer o serviço. Eu tô preocupado! Nós temos que ter mais moradias em Rio Branco, temos. Mas por que não investir onde já existe moradia”, disse Melo.


A ideia do peemedebista é que o dinheiro que hoje é investido, um total de R$ 40 milhões, na abertura da Cidade do Povo, ao invés de ser usado no projeto, fosse destinado a desapropriação de terras para a construção de prédios e apartamentos para as pessoas que precisam de moradia.


A série de entrevistas continua nesta sexta-feira com a candidato do Psol, professora Peregrina. Na terça-feira da próxima semana será a vez do petista Marcus Alexandre.  Na quarta, a rodada de entrevistas fecha com Antônia Lúcia (PSC).


O Gazeta Entrevista vai ao ar as 21h, na TV Gazeta.


 


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