Respeito, mas não concordo com o excesso de zelo do Promotor Eleitoral Rodrigo Curti em querer dar o tom do que deve ou não deve ser publicado nesta coluna. A liberdade de expressão foi conquistada com muito sacrifício e mortes no Brasil. E até porque uma ou outra nota na imprensa não decide qualquer eleição, quem decide eleição é o voto da população.
Análise errada
Se seguido ao pé da letra o seu pensamento, não se pode mais comentar que um determinado candidato tem mais densidade eleitoral que o outro porque essa notícia vira crime eleitoral.
Sem dolo
E ademais porque nos citados casos não houve dolo em beneficiar, prejudicar esse ou aquele candidato, mas, foram simples comentários secos dentro de uma realidade eleitoral, e só.
Elege alguém?
É completamente fora da realidade se dizer que publicar que certo candidato a vereador é um nome forte ou que um vice é bom para determinada chapa pode elegê-los, isso não é verdade.
Sardinha para a brasa
Se comentário na imprensa tivesse o dom de decidir eleição, eleger alguém, eu faria dezenas de elogios à minha pessoa dizendo que sou o melhor nome para prefeito e estava eleito.
Ilação de votos
E não é porque um jornalista faz um comentário de um candidato que se é eleitor do mesmo.
Esse é o foco
Combater a compra de votos que acontece de forma descarada em todas as eleições é o foco que deve ser dado. E isso não se combate pedindo punição para quem emite uma opinião.
Nada mais sagrado
Não existe nada mais sagrado a um jornalista que a liberdade de opinião. O dia que não se puder ter mais opinião livre porque se é punido, é melhor transformar jornais em padarias.
A voz é do povo
Numa eleição, meu caro Promotor Rodrigo Curti, a cena principal não deve ficar para a imprensa, para a justiça eleitoral, mas para os candidatos e para a população que vai votar.
Outro aspecto
As duas notas em questão citando nomes de candidatos com densidade eleitoral foram gestadas no jornal, que não é concessão pública, o site da GAZETA apenas reproduziu.
Nenhuma influência
É levar para o superlativo se pensar que duas notas poderão eleger um prefeito e um vereador num universo de mais de 200 mil eleitores na Capital, algo impossível de acontecer, Dr. Curti.
Nada rotineiro
Não tenho dúvida que a Juíza Eleitoral, Dra. Manasfi, ao analisar o caso verá que não houve dolo, não foram notas rotineiras (uma vez cada), não decidem a eleição, mas simples opiniões.
Aliado nisso
Mas, no tocante ao combate à compra de votos, uso da máquina pública, montagem de listas eleitorais para pagar eleitores, nisso Dr. Rodrigo Curti, o senhor terá o meu irrestrito apoio.
Torce que dê certo
E no mais torço para que a sua missão de fazer dessa uma eleição limpa dê certo.
Barrado no baile
O ex-vereador Zequinha (PCdoB-Cruzeiro do Sul), que começou como candidato a prefeito, depois quis ser o vice na chapa da FPA a prefeito, não conseguiu nem mel e nem cabaça.
Se quiser
E se o Zequinha quiser participar dessa campanha terá que ser como candidato a vereador.
Negociação em curso
Há uma negociação em curso para que o deputado federal Henrique Afonso (PV) se afaste por 120 dias para que o suplente Léo Brito (PT) assuma interinamente na Câmara Federal.
Teria que adoecer
Só que para justificar o afastamento de 120 dias Henrique Afonso teria que ficar doente.
Sem crédito
Leio entrevista do prefeito preso de Porto Walter, Neuzari Pinheiro, detonando seu partido, o PT. Não dou crédito. Por que não detonou antes quando estava no bem bom na prefeitura?
Quase impossível
Os dirigentes da oposição têm uma missão quase impossível, a de conseguir a unidade em todos os municípios do interior. Plácido de Castro é onde haverá mais complicações.
Todos no bolo
A rodada de pesquisa em todos os municípios do interior está prevista para o próximo dia 10 e será feita pelo sério instituto DELTA. Todos os postulantes terão os seus nomes relacionados.
Preto no branco
Será a hora de ver se Paulo Ximenes (PSDB) tem votos em Tarauacá e o professor Emerson (PSDB) tem votos em Brasiléia. Não vale depois dizer que a pesquisa foi forjada.
Ninguém escapa
Até em casos de municípios governados pela oposição como Senador Guiomard, Tarauacá, Marechal Taumaturgo, Mâncio Lima e Feijó os seus prefeitos entrarão na pesquisa.
Desculpa esfarrapada
Não é acusando o Promotor de Cruzeiro do Sul, Rodrigo Fontoura, de quem tenho boas referências, que o prefeito Neuzari vai se safar da cadeia, não creio nesse “suborno”.
Quase certo
Falta o anúncio mas é quase certo que, o Dr. Baba (PSD), médico, que militou muito tempo no PCdoB, será o vice na chapa do prefeito de Feijó, Dindim (PSDB). Nesse caso, o senador Sérgio Petecão (PSD), por força do partido estar coligado, teria que estar no mesmo palanque com Dindim.
Sem liberação
O ex-prefeito de Feijó, Francimar Fernandes (PT), tem até 30 de junho, limite para as convenções municipais, para conseguir solucionar os impedimentos jurídicos que o colocaram no “ficha limpa”. Hoje, Francimar não poderia disputar a prefeitura do município.
Mais real
O STF decidiu que o uso de algemas é só em que em casos que o preso represente perigo a integridade do representante da lei. Por isso é inaceitável que o prefeito de Porto Walter, Neuzari Pinheiro, tenha sido conduzido algemado para uma entrevista no interior da penitenciária de Cruzeiro do Sul. A direção da Penal, neste caso, quis ser mais real que o STF.
Por Luis Carlos Moreira Jorge