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Sem respeito e sem salário

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Jairo Barbosa – De Cruzeiro do Sul
jairobarbosa@ac24horas.com


Na Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro do Sul, os funcionários até procuram, mas não encontram motivação para continuarem trabalhando. Sem receber os salários há tres meses, eles continuam a jornada trabalhista tendo como único motivo, o compromisso com a vida dos pacientes.

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A última vez que os sessenta funcionários da unidade de saúde viram a cor do salário foi em fevereiro, quando receberam os vencimentos referentes a janeiro. De lá pra cá, são tres meses sem receber um centavo, nem justificativas da direção do Hospital.


A folha salarial da Santa Casa Cruzeirense gira em torno de R$ 55 mil. A única receita vem de um convenio firmado com a Secretaria de Saúde do Estado, quem tem teto máximo de repasse, o valor R$ 77 mil reais. O convenio expirou em março passado, mas foi prorrogado por mais um ano, porém até que agora nenhum repasse chegou ás contas da unidade de saúde.


A situação dos funcionários é crítica. A maioria tem como única fonte de renda o emprego no hospital, e estão passando privações por causa do atraso salarial.


O auxiliar de serviços gerais, Gleidson da Silva Thamaturgo, de 38 anos contou á reportagem que está com três fichas de luz atrasadas e teme pelo corte a qualquer hora.


“Esse mês juntou três fichas lá em casa, e não tenho como pagar. Não sei o que vou fazer se não receber meu salário. Peço que alguém faça alguma coisa por nós”, diz.


Trabalhando na unida há vinte e dois anos a técnica em enfermagem Edna Figueredo lamenta a fase que está enfrentando e diz que nunca passou por fase semelhante no trabalho.


“Nós estamos passando até por humilhações no comércio. Ninguém venda nada pra gente com medo de não receber. Temos família pra alimentar e ficar sem receber é humilhante para qualquer trabalhador”, reclama a funcionária.


Edna ainda contou que na casa de um colega não teve jeito, a luz foi cortado por falta de pagamento. Com uma capacidade para receber até duzentos e cinqüenta pacientes o hospital ainda não suspendeu o atendimento graças ao empenho da equipe que alimenta diariamente a possibilidade de receber os salários, mas a paciência deles está chegando no limite, contam.


Diretor diz que atraso no repasse é a causa da demora


O diretor da Santa Casa, Rosmir Martins disse que o atraso no pagamento da folha salarial aconteceu por que a SESACRE não fez o repasse mensal firmado no convenio. Ele explicou que a liberação é feita a cada quarenta e cinco dias, e deu como prazo para pagamento do salário de mês de fevereiro, o próximo dia 9.

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“Nós recebemos da Secretaria de Saúde a garantia de que o repasse será feito no máximo na próxima terça feira, ai vamos começar a pagar o pessoal”, disse.


Mas esse repasse não será suficiente para quitar a divida do Hospital para com os funcionários.


Diretor da Sesacre garante que dinheiro foi depositado


Fernando Sevá, diretor de Planejamento e Orçamento da SESACRE, disse por meio da assessoria de imprensa de governo, que tudo o que estava pendente referente a Santa de Misericórdia de Cruzeiro do Sul, foi depositado ontem na conta do hospital, mas não soube informar se o montante depositado contempla os três meses de salários atrasados dos servidores.


 


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