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Perpétua aciona MRE e Embaixada Boliviana sobre insegurança na fronteira com Acre

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O embaixador da Bolívia no Brasil, José Alberto Gonzales, e o secretário-executivo do Ministério de Relações Exteriores, Rui Nogueira, já cobram providências legais para conter a investida de militares bolivianos contra famílias de brasileiros na fronteira. Em resposta a uma cobrança pessoal feita pela deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), presidenta da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o embaixador admitiu que “o governo não ordenou a expulsão dos agricultores que residem do lado boliviano”


Em pronunciamento no Plenário da Câmara Federal, a parlamentar acreana tranquilizou as famílias, e comunicou que a Secretaria de Segurança Institucional da Presidência da República também entrou no caso, após ser acionada pelo governador Tião Viana.

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Perpétua afirmou acreditar  que “esse incidente tenha sido motivado por ato isolado do Exército da Bolívia, e não pode ser transformado em mais um conflito entre os dois países”. A deputada refez o apelo, em nome do Congresso Nacional, para que as autoridades bolivianas cobrem de seus militares o cumprimento do acordo, firmado há dois anos, pela promoção da paz na fronteira.


“Nós, do nosso lado, legalizamos o visto de 20 mil bolivianos, como prova de respeito à cooperação internacional selada com nossos vizinhos. Esperamos reciprocidade e respeito na mesma medida. Acreditei no que me disse o embaixador boliviano, que se disse surpreso com o episódio e que o governo central boliviano desconhece a agressão praticada às nossas famílias”, informou a deputada.


Incra


Perpétua fez uma cobrança pública ao Incra (Instituto Nacional de Reforma Agrária), responsável pela realocação de 500 famílias de brasileiros que vivem na fronteira pelo lado boliviano. O assentamento é fruto do acordo firmado em 2010, cujo prazo final acaba em dezembro deste ano. Porém, alerta a deputada, apenas 150 famílias até o momento foram acomodada em terras brasileiras. “Temos 8 meses para cumprir o prazo acertado. Não devemos dar mau exemplo. O governo brasileiro também precisa ser ágil, do contrário situações constrangedoras como esta virão sempre, o que é extremamente prejudicial ás famílias de camponeses, agricultores, que tiram de seu trabalho no campo o sustento de suas famílias”, finalizou a deputada.


Agricultores relatam que parte da produção dos seringueiros da extração de castanha e parte do gado está sendo confiscada pelos militares bolivianos. Segundo eles, militares bolivianos chegaram a abastecer os veículos em postos de combustível de Capixaba.Soldados brasileiros já se instalaram em regiões estratégicas para evitar nova entrada de militares da Bolívia.


Assem Neto, de Brasília


 


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