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Tião apóia criação de fábrica de casas pré-moldadas que tira emprego de acreanos, diz sindicalista

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Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil do Estado do  Acre,  José Adelmar (o Dema) protestou na manhã desta terça-feira, 24, contra as afirmações do governador Tião Viana (PT), sobre a geração de novos postos de trabalho na inauguração da fábrica de casas pré-moldadas, localizada no quilômetro 15, da BR-364.

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Com o preço orçado em R$ 90 mil por unidade habitacional produzida, “a IF Pré-moldados seria uma ameaça para o setor de construção civil”, afirma o sindicalista Dema. O dirigente sindical diz ainda, que contrariando as afirmações do Governo do Acre, que o empreendimento seria novo, a fábrica estaria em operação há mais de três anos.


Segundo o sindicalista, “a fábrica tem tirado o sono dos trabalhadores da construção civil. Além de não ser uma casa apropriada, fica impossível fazer uma reforma nas casas mencionadas”, destacou Dema, questionando que a fábrica está tirando os postos de trabalhadores da área de construção civil.


“O governo anunciou que empregará os serviços da IF Pré-moldados na construção de casas para os servidores da saúde e Polícia Militar. Estes incentivos serão apenas para um empresário, enquanto os trabalhadores amargarão o desemprego. As casas custarão o dobro de uma construção convencional e causarão desemprego”, acrescenta Dema.


O sindicalista questionou ainda, a qualidade das casas produzidas na fábrica de pré-moldados. “É uma casa sem possibilidade de reforma. Não se pode trocar uma tomada de lugar, além de serem mal acabadas”, destaca José Adelmar.


Dema foi irônico ao falar da participação do governador Tião Viana, na inauguração do empreendimento. “Parabéns ao governador que esteve na suposta inauguração da fábrica e inocentemente falou dos investimentos dizendo que iria gerar emprego. Ao contrario do que falou Tião Viana, as casas pré-moldadas estão tirando a mão de obras dos trabalhadores”.


Para o dirigente sindical, a construção de uma casa convencional, com as mesmas metragem das pré-moldadas empregaria de 6 a 7 trabalhadores, “já a pré-moldada não emprega mínguem”.


Outro ponto levantado por Dema seria em relação à qualificação dos trabalhadores da fábrica de pré-moldados.  “Na fábrica, os operários que trabalham não são qualificados pelo fato de não precisar. Todo processo é automatizado. Na montagem da casa, do mesmo modo, tudo é feito através de guinchos hidráulicos que não necessita de não de obra”.


A geração de emprego pelas novas inciativas apoiadas pela administração pública também foram criticadas. “Ao apoiar este tipo de empreendimento, o Governo do Acre está tirando o emprego do pedreiro, carpinteiro, encanador e do servente. Vivemos num estado que apenas a construção civil gera postos de trabalho. Com a adoção deste novo método de construção, como ficarão os operários?”, questiona Dema.


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