A foto de dois homens simulando sexo oral em plena movimentada via pública de Rio Branco (AC) no domingo (20) durante a Parada Gay do Acre é um tipo de cena que não entra no projeto de lei que foi alvo de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado nesta terça-feira (29) que trás à ideia de estabelecer punições para quem discriminar homossexuais.
Contudo, beijos, carícias e outras demonstrações afetivas toleradas pela sociedade – que são praticadas por casais heterossexuais em espaços públicos – também poderão ser exercitadas pelos gays sem que eles sofram os habituais xingamentos ou reprovação explícita de pessoas que reprovam o homossexualismo.
Entre outras coisas, o projeto pune quem recusar ou sobretaxar a compra ou a locação de imóveis em razão de preconceito, ou quem, pelo mesmo motivo, prejudicar recrutamento, promoção profissional ou seleção educacional.
O senador acriano Sérgio Petecão (PDS-AC), eleito em 2010 com forte penetração no meio evangélico acriano, prometia votar contrário a projetos como o discutido hoje no Congresso Nacional. “Debatemos o PL 122, que discute sobre a criminalização da homofobia. Precisamos votar urgentemente este projeto. O debate está muito tenso e precisamos resolver. Hoje, tive o prazer de dar um abraço especial no pastor Silas Malafaia [da Assembleia de Deus Vitória em Cristo]. Respeito todas as opiniões divergentes, mas vou trabalhar para fortalecer a família”, disse o acriano acenando que cumprirá a promessa de campanha.
Participaram também do debate o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante; o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno Assis; e o presidente da Frente Nacional Cristã de Ação Social e Política, Wilton Costa.
Edmilson Alves, de Rio Branco-AC
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Redação de ac24horas