A sétima Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais) do Acre, edição 2011, teve início neste domingo (20) com o cântico evangélico “Faz um milagre em mim” (Como Zaqueu) de autoria de Regis Danese entoada por ativistas do movimento gay em um dos três trios elétricos do evento, abrindo, assim, às 17h30 a tradicional caminhada, que saia da Gameleira com destino ao estacionamento do Estádio Arena da Floresta, em Rio Branco (AC), para o show do grupo Barrados no Baile.
Segundo os organizadores do evento, 80 mil pessoas acompanharam o trajeto que teve quase três horas de duração. Ainda de acordo os organizadores, cerca de 120 mil participaram do show no Arena, um recorde, que para os ativistas do movimento LGBT seria “uma prova do apoio da sociedade acriana contra o preconceito e a homofobia”.
“Nota-se que tem aumentando o número de crimes de homofobia, pessoas são agredidas e mortas, só pelo fato de serem homossexuais. Uma pequena parcela dos evangélicos precisam enxergar o amor de Jesus Cristo, pois, nos agridem e se esquecem de que não são juízes e que certas atitudes preconceituosas apenas contribuem para mais violência e ódio, Jesus não é ódio”, disse o estudante Sandro Lucas, participante do evento.
Na quinta-feira (17), quando se realizava uma vasta programação da Semana da Diversidade promovida por pessoas ligadas ao movimento LGBT, deputados estaduais que se autodenominam evangélicos e católicos decidiram pela retirada do termo LGBT de um projeto de lei que pretendia estimular pessoas e organizações na luta pela melhoria da qualidade de vida dos homossexuais, uma prova de apequenamento do parlamento acriano.
A Parada Gay, que lembra mais um espécie de carnaval fora de época, foi repleta de cores e fantasias. Não faltaram, crianças, idosos e casais heteros em meio aos homossexuais. “Estou aqui com meus filhos e minha esposa, uma festa bonita. Essa história de preconceito não tá com nada”, afirma o comerciante Juarez Dantas.
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) também participou da festa, distribuiu abanadores em campanha contra drogas, pedofilia, alcoolismo e que reproduzia parte do capítulo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”.
Edmilson Alves, de Rio Branco-AC
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