O deputado Werles Rocha (PSDB) está como o diabo gosta, pautando o governo na Aleac. Qualquer bobagem que ele diz, os deputados governistas repercutem, dando uma dimensão que o assunto não merece. Ontem, por exemplo, perderam tempo precioso atacando o Rocha por ele ter dito que vai ocupar espaço em uma rádio de Cobija. É exatamente o que ele quer.
Outro erro
O governo já mostrou e bem à exaustão a sua versão sobre o “Projeto Antimary”, mas, seus deputados insistem em esticar o debate igual cantiga de grilo, o que só favorece a oposição.
Vira verdade
É a máxima da máquina de propaganda nazista, fale muito numa mentira e ela vira verdade.
Bem mais ativa
Agora, um fato é digno de ser registrado: os debates na Aleac estão bem mais interessantes, ativos, duros, do que na legislatura passada, que era muito mais subserviente que a atual.
Cortou o papagaio
Pela primeira vez, desde que chegou na Aleac, vi o deputado Élson Santiago (PP) irritado. Aconteceu ontem, com a insistência do deputado Walter Prado (PDT) de querer privilégio.
Pular a fila
Walter Prado insiste em que seu projeto, que fixa em cinco dias as sessões ordinárias, pule a fila dos demais nas comissões e seja votada de imediato, daí a revolta do calmo Santiago.
Voto único
Pelo que conversei ontem com vários deputados, Walter Prado (PDT) só vai ter o seu voto, e deverá prevalecer o esquema atual, de sessões só às terças, quintas e sextas-feiras.
Baixar a poeira
Que o candidato da FPA será o engenheiro Marcos Alexandre (PT), nem se discute, mas o nome somente será anunciado depois de baixar a poeira das contestações internas.
Show para a platéia
No final vai ficar tudo como dantes no quartel D’brantes, o resto é mero show para a platéia.
Banana madura
O ministro Orlando Silva (PCdoB) é mais uma banana madura prestes a cair no governo Dilma.
Farpas trocadas
As farpas trocadas ontem entre os deputados Walter Prado (PDT) e Geraldo Pereira (PT) não é um episódio novo, mas, vem desde a campanha passada, quando ambos se desentenderam.
Apenas institucional
O prefeito de Feijó, Dindim (PSDB), garante que sua relação com o governador Tião Viana é apenas institucional e que, na eleição municipal e estadual estará nos palanques da oposição.
Perda na juventude
Há 2 anos, o Nepomuceno Carioca, uma das melhores cabeças do PT, me disse que o PT tinha perdido a hegemonia na juventude e que esta era uma preocupação que o PT teria que ter.
Estava certo
Quando você entra na rede social, os comentários da turma jovem, em 90% dos casos são desfavoráveis ao PT, na base do: “há PT eu sou contra”. O Carioca estava correto na análise.
Algo a se explicar
Quando há referências à figura do Tião Viana as críticas são infinitivamente menores. Há hoje com o PT o que houve com o PMDB quando esteve no poder, a inevitável fadiga política.
Tese correta
Por isso é mais que correta a tese dos cardeais do PT de que é preciso mostrar ao eleitor na disputa da PMRB, uma cara nova, que não seja cansada, manjada, para recuperar o espaço.
Tendência lógica
A tendência lógica, por causa da legislação eleitoral que definiu que o mandato é do partido, a tendência é que o prefeito do Bujari, Padeiro (PSB), venha perder o partido.
Não ganhou nada
Politicamente, o prefeito Padeiro não ganhou nada, absolutamente nada, indo para o PSB.
Lama zerada
Nos planos do governo na parceria com o prefeito de Rodrigues Alves, Burica (PT), é chegar na eleição do próximo ano com todas as ruas da sede do município pavimentadas.
Vagas garantidas
Os deputados prometeram ontem ao desembargador Samoel Evangelista que, aprovarão sem problemas a criação de mais três vagas de desembargadores no Tribunal de Justiça.
Ventos da bonança
O pedido de aumento de vagas mostra que o TJ vive tempos de uma bonança financeira.
Para chamar de meu
A ex-senadora Marina Silva, que condenava o carreirismo político sucumbiu ao sistema: saiu do PT, foi para o PV, saiu do PV e agora quer fundar um novo partido para chamar de seu.
Falando nisso
Minha cara presidente do PV, Shirley Torres, o PV desistiu de lançar candidato à PMRB?
Lembrando o Martins
Como dizia o saudoso cientista político Martins Bruzugu: “não há partido político que não durma com um cafuné do governo”.
Outra do Martins bruzugu
Certo dia o folclórico Martins Bruzugu deu uma quantia para o ex-deputado Luiz Hassem comprar, em Cobija, um rádio de 12 faixas. Já beirava um ano e nada do rádio aparecer. Um belo dia, por acaso, encontrou Luiz Hassem na Capital, e pediu:
– Maninho, eu queria um retrato seu!
Hassem, ingenuamente, indagou o motivo. A resposta veio em meio a uma gargalhada:
– Quero fazer um pôster da única pessoa que me enganou.
E se abraçaram rindo.
Por Luis Carlos Moreira Jorge