O local já foi alvo de ação pelo Ministério Público do Estado, mas mesmo assim, as obras da encosta da Base, no primeiro distrito de Rio Branco não avançaram e estão há mais de duas semanas paralisadas. Um dos moradores mais antigos do local, o Zé do Branco, chamou a reportagem para registrar várias fendas que se abriram no aterro feito pela empresa Etenge. Eles temem o risco de suas casas caírem com o deslizamento que pode ser provocado pelas rachaduras.
– A gente vive em constante perigo e já faz tempo. Ninguém faz nada. A empresa abandonou o canteiro de obras e as fendas a cada dia crescem. Estamos sem dormir direito, com medo! – exclamou o morador.
A reportagem procurou o engenheiro responsável pela obra, Estenio França. Por telefone, ele disse que a empresa e o governo esperam uma visita de técnicos da Suframa. Nem mesmo França soube dizer o valor dos recursos aplicados no local. Durante visitas com os moradores não foi localizada a placa da obra. Ainda segundo França, a empresa executa a continuidade de um contrato. Nenhum detalhe a mais foi dado.
De acordo com a lei, a placa deve estar em local visível e fixada pela própria construtora, com o nome da empreiteira, identificação da obra, custo do empreendimento, prazo do inicio e término, nome e número junto ao CREA do engenheiro responsável pela fiscalização da obra.
A situação dos moradores é crítica. Sem saber de quem cobrar, eles afirmaram que já procuraram além da imprensa, outros órgãos competentes e a própria prefeitura.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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