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Tião Viana avalia como positivo os dez primeiros meses de sua administração frente ao Governo do Acre

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Começou na manhã desta quinta-feira, 06, a segunda reunião da Câmara de Resultados do Governo, denominado Seminário de Monitoramento – 240 Dias do governo Tião Viana (PT). O evento realizado durante dois dias no Buffet AFA Jardim tem como principal finalidade avaliar a evolução dos processos administrativos e projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado.


O secretário de Articulação Institucional, José Fernandes do Rêgo foi o primeiro gestor a se pronunciar sobre o seminário. De acordo com Rêgo, o sistema de monitoramento da administração opera com uma central de resultados, quem tem como referência o plano de governo e o PPA, que colhe os resultados de todas as secretarias de Estado.


“Esses dados são processados e a cada 120 dias o governo pára, avalia os resultados e observa as possíveis necessidades de adequar e gerenciar a ação do governo. O governador percebeu que a administração evoluiu de acordo com o que estava planejado, fazendo ajustes em poucos projetos. Em nove meses o governo avançou muito mais do que era esperado”, diz Rêgo.

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Em linhas gerais, segundo o secretário, é feita uma análise de “eficácia e eficiência do governo”, para saber se o benefício social está sendo gerado e atendendo as necessidades da população. Do lado político, Rêgo afirma que o seminário serve para verificar a relação do governo com as comunidades.


Tião Viana acredita que sua administração pode melhorar
O governador Tião Viana [PT] atendeu os jornalistas após o discurso aos secretários, diretores e deputados presentes. Segundo Viana, ainda são enormes os desafios no setor administrativo do Acre, mas os obstáculos estão sendo superados e os resultados são vistos em todos os setores em que o governo desenvolve projetos.


“Nos pequenos negócios, uma mãe que vivia com renda de menos de R$ 70 por mês, hoje tira num pequeno salão R$ 2 mil. Uma manicure que ganhou uma parceria com o governo tira além de sua renda pessoal em poucos dias uma renda complementar de R$ 400 – são projetos sociais pequenos que fazem a inclusão dos trabalhadores das comunidades do Estado”, destaca Tião Viana.


Setor produtivo
Tião Viana destacou ainda a atividade de piscicultura, com a construção de mais de 600 tanques em diversas propriedades nos municípios do interior do Acre.   O governador afirmou ainda, que do setor agrícola, onde segundo ele, está sendo feita a mecanização das propriedades de pequenos produtores em todo o Estado.


“Quando você vê mais de 600 tanques, no setor de piscicultura; quando você vê o trabalho de mecanização de milhares de hectares; de produção de alimentos; criação de pequenos animais; o acesso a fruticultura; o programa Florestas Plantadas; a pactuação com a vida ética e institucional do Estado indo bem, eu fico muito animado em relação ao futuro”, enfatiza.


Trabalho nas secretárias
Sobre a equipe de secretários de Estado, o governador acredita que o trabalho tem evoluído, com todos os gestores mostrando resultados positivos em suas pastas. Tião acredita que seus assessores estão ajustando alguns desafios que ainda tinham que ser superados, mas o resultado de acordo com ele é positivo em todos os aspectos.


“As secretarias tem trabalhado muito. Os secretários estão consertando alguns desafios que ainda tinham que ser superados, o resultado é muito positivo, graças a Deus”.


Paralelo entra análise técnica e política
Em vários pontos de seu discurso na abertura do seminário, o governador falou dos políticos de oposição, ressaltando que existiriam apenas críticas, mas que a oposição não estaria apontando soluções para as supostas falhas nos setores da administração pública estadual.


“No aspecto político, nós estamos renovados; é muito carinho, confiança da população, a sensação que as coisas estão indo bem está muito presente na população do Acre, e no aspecto técnico, nós temos que corrigir alguns caminhos que são naturais. Resolver problemas que a sociedade chama por eles, por si mesmo, nós estamos atentos voltados para essa discussão, rompendo com a dívida do saneamento básico, por exemplo, e a dívida do desemprego. É aí que nós queremos um melhor resultado” , destaca Tião Viana


Ranço político com a oposição ficou evidenciado
Mesmo que o seminário fosse para analisar as práticas de governo, o aspecto político não poderia ficar de fora. Em alguns trechos do discurso do governado Tião Viana ficou claro o ranço político entre oposição e situação. As declarações de Viana, só tende a antecipar o debate político que se avizinha, com a proximidade das eleições do próximo ano. O deputado Major Rocha foi duramente criticado pelo governador petista.


Tião Viana acredita que os parlamentares precisam ser valorizados, principalmente quando representam determinadas cidades do interior. Nas inaugurações de obras, Viana disse que é sempre de bom tom, que os deputados estejam presentes para que a população perceba que os parlamentares fazem parte das conquistas.


O debate dos supostos crimes ambientais na Aleac, cometidos nos projetos de manejo também fizeram parte do discurso do governador. Ele não gostou do bate boca entre o líder do governo, Moisés Diniz (PC do B) e Major Rocha (PSDB). Elevando o tom da voz, Viana disse que o termo pejorativo de ladrão não se aplicava a políticos da Frente Popular.

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“Ladrão é o senhor Rocha. Ele sim é ladrão, e posso provar em qualquer corte”, disse Tião Viana em defesa de sua administração e de seu líder no poder legislativo.


O QUE ACONTECEU NOS 240 DIAS DO GOVERNO TIÃO VIANA
São apenas 240 dias de administração, mas neste curto período, Tião Viana enfrentou desafios em vários setores do poder público. O desgaste ficou evidenciado em crise com servidores públicos e demais poderes estaduais.


Nos primeiros meses de governo, Tião Viana teve que contornar a sede de poder dos deputados da base governista, que se sentindo desprestigiados chegou a entoar discursos de oposição ã administração da FPA.


Entre maio e junho, o governo passou por um verdadeiro inferno astral. Surgiram as denúncias comprovadas de desvios de recursos na Secretária de Saúde. Tião Viana teve que contornar e provar que seus gestores não tinham envolvimento no caso.


No mesmo período os servidores iniciaram as greves em busca de reajuste. Mesmo fragilizados pelo atrelamento com as administrações da FPA, os sindicatos pressionaram com alguns setores sendo paralisados durante as negociações.


Até mesmo o todo poderoso assessor especial de todas as administrações da FPA, Francisco Nepomuceno (o Carioca) foi afastado das negociações com os servidores, que enxergaram no homem forte do governo, um obstáculo para as conquistas trabalhistas.


Antes do recesso parlamentar, Tião Viana teve que enfrentar os desembargadores do Tribunal de Justiça do Acre, que reivindicaram até mesmo em via jurídica a participação na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias e aumento dos repasses a instituição.


No início do segundo semestre, explodiram as denúncias de superfaturamento e desvio de dinheiro público na construção da BR 364 – estrada que liga a Rio Branco ao Vale do Juruá.


A crise política é outro obstáculo evidente que Tião enfrenta atualmente. As siglas com maior poder de barganha reivindicam a participação na chapa majoritária de Rio Branco. O PC do B, PSB e PDT tentam buscar a cabeça de chapa.


Ray Melo, da redação de ac24horas[email protected]


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