Funcionários entram no debate sobre o Antimary
“Em plena era da sustentabilidade e dos comportamentos ecologicamente corretos, vivemos um Acre de faz de conta”, é o que diz uma postagem enviada por um funcionário público que pediu para não ter seu nome identificado, publicada no Blog do CIMI no Acre,
“Manda o recurso que eu faço de conta que cuido do meio ambiente”, diz a postagem.
O funcionário que teme represálias diz que para receber mais R$ 712 milhões do BID, o governo do Acre precisou criar mais uma floresta pública (FLORA) que está em fase de criação e será localizada no município de Manuel Urbano.
– O problema é que se continuar com a atual postura acontecerá à invasão de todas as Unidades de Conservação do Estado em um curto espaço de tempo – alerta.
A postagem diz ainda outra questão grave: “o Parque Estadual de Chandlles de parque não tem nada”, acrescentou. Segundo o funcionário, o SNUC estabelece que as Unidades de Proteção Integral não seriam habitadas, “mas isso não é a realidade”.
A postagem cita como exemplo dessa política de faz de conta, a Floresta Estadual do Antimary. O artigo faz duras criticas ao modelo. “Quantos hectares da FEA foram mesmo entregues para a reforma agrária por falta de pulso do governo?” questiona.
Ainda segundo o artigo, a exploração através do manejo florestal é legal, para o coordenador, ilegal é a falta de importância dada a fase pós-exploração, sem levar em consideração as cartas marcadas nessas “licitações”. Ele estranha que somente uma empresa ganhe essas “falsilitações”.
– E que coincidência é a mesma que “doa” algumas cifras para todas as campanhas da estrela vermelha no Acre, comenta Padilha.
O funcionário faz um apelo dramático e pede à sociedade acreana que visite as reservas florestais, conheçam as árvores de grande porte, contemplem os rios navegáveis da nossa região, caminhe pelo menos meia hora de mata adentro.
– Trabalho no estado e por razões óbvias não posso me identificar, não agüento mais tanta hipocrisia, tanto faz de conta, Ministério Público, por favor, cobre mais do poder executivo, olhe mais pela área ambiental. É difícil cuidar dela mais difícil será viver sem os benefícios dela – apelou o funcionário Público.
Jairo Carioca – com informações do Blog de Lindomar Padilha, CIMI.

Nesta quarta-feira, 29, a Defesa Civil, registrou aumento de 73 centímetros no nível do Riozinho do Rola nas últimas 24 horas – chegando a 17,45 metros. Com o registro, o órgão alerta para aumento do nível do Rio Acre, onde pode impactar a mais pessoas na capital, Rio Branco.
Devido o volume de águas subindo, o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, alerta para mais impactos à população da capital, Rio Branco, e para atenção da população no uso de embarcações. “Há muitos balseiros descendo o rio e é preciso atenção de quem está utilizando as embarcações”, explicou.
Batista também pediu para que as pessoas que usam lanchas e Jet-Ski reduzam a velocidade. “Também pedimos para quem esteja utilizando jet-skis, lanchas e outras embarcações, que faça trajeto em baixa velocidade, para evitar o comprometimento das casas em situação de alagamento”, orientou o coordenador da Defesa Civil Estadual.
O produtor rural e aposentado José Antônio Ferreira Leandro, de 60 anos, vive com a esposa Eunice Silva, de 67 anos, nas proximidades da ponte do Riozinho do Rola, no quilômetro 11 da estrada da Transacreana. Morando no local há cerca de 20 anos, o aposentado afirma que foram atingidos na cheia de 2015 e que com o levantamento feito na estrada e a substituição da ponte de madeira por uma de concreto asseguraram maior tranquilidade a quem mora na região. “Se não fosse terem alterado aqui a estrada e feito uma ponte de concreto, tudo aqui ao redor já estaria alagado”, afirmou.
A Secretaria de Agricultura (Seagri), mobilizou equipes para atender as famílias atingidas nas áreas rurais do estado. “Alinhado com o governador Gladson Cameli, estamos comprando do pequeno produtor, associações e cooperativas, para atender as demandas locais onde as pessoas estão abrigadas e também atender os nossos produtores vítimas da enchente”, destacou Luis Tchê.

Com 433 famílias desabrigadas por causa da cheia do Rio Acre, somente em Rio Branco, a a vice-governadora Mailza visitou cinco abrigos estruturados e coordenados pelo governo do Acre, na região da Baixada da Sobral, na manhã desta quarta-feira, 29, e prestou solidariedade e reforçar o compromisso do Estado com os atingidos que já passam dos 40 mil na capital.
Gomes esteve primeiro no abrigo visitado está na Escola Estadual Professora Heloísa Mourão Marques, onde estão 57 pessoas, entre elas Kelsiano Mesquita, morador do Bairro da Glória, que teve sua casa atingida pela alagação e foi transferido para o abrigo junto com a esposa e o filho. Diante das dificuldades enfrentadas, ele garante que todos estão recebendo apoio nos abrigos. “Eu dou parabéns a todos pela ajuda que estamos recebendo neste momento difícil. A gente vê que é um cuidado que extrapola o próprio dever, quando eles dão carinho e atenção às pessoas e isso está sendo muito gratificante para a gente”, disse.
Presente no ato, a presidente da Agência de Negócios do Acre (Anac), Waleska Bezerra, frisou que os abrigados seguem uma rotina como forma de garantir as condições de boa convivência de todos. “Aqui nós temos disciplina, horário para tudo, temos acolhimento e toda a nossa equipe tem ficado 24 horas à disposição dessas famílias, cuidando de tudo”, frisou.
Em seguida, a gestora esteve na Escola Estadual João Paulo II que também foi visitada pela vice-governadora e sua equipe. O abrigo está acolhendo 54 pessoas, sob os cuidados da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre). “A Fundhacre, por meio de seus colaboradores, está empenhada nesta importante missão de levar abrigo às famílias necessitadas. O governo do Estado não tem medido esforços para ajudar a nossa população. É toda uma força tarefa e conjunta de amor ao próximo”, salienta o presidente da instituição, João Paulo Silva.
Por fim, Mailza esteve ainda nas escolas Ayrton Senna da Silva, em que o abrigo é coordenado pelo Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre); Ramona Mula Pastor de Castro, que está sob a coordenação da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e a Boa União, que está sob os cuidados da Secretaria de Estado de Governo (Segov). “Este é um governo que cuida das pessoas. Todas as secretarias que estão à frente de algum abrigo estão de parabéns, pois montaram um protocolo, tiveram todo o cuidado para receber as pessoas que estão desabrigadas. Estivemos em algumas escolas e o que encontramos foram famílias que, apesar da situação, estão sendo acolhidas e bem cuidadas. Tenho certeza que juntos vamos superar essa situação tão delicada”, declarou a vice de Gladson Cameli.

O Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC) bloqueou as áreas do Calçadão na Gameleira, nesta quarta-feira, 29, devido o transbordamento do Rio Acre.
Mesmo com a sinalização de perigo, diversas pessoas lotaram o Centro Histórico da capital acreana, com a situação se tornando atrativa para os curiosos.
Na data de hoje, o manancial atingiu a marca de 17,03 metros, ultrapassando a cota de transbordamento.
A RBTrans, em conjunto com o Detran/AC, realizam a educação de trânsito no espaço, solicitando que a população que não necessite acessar a área, deixem o perímetro.
Fotos: Jardy Lopes

Devido a vazante no manancial na região do Alto Acre, a ponte José Augusto que liga Epitaciolândia a Brasileia, foi desinterditada. O comunicado foi divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF/AC), na tarde desta quarta-feira, 29.
A interdição havia ocorrido devido a elevação do Rio Acre. Em meio ao fechamento do local, que já tinha o tráfego reduzido durante o dia, a região fica sem nenhuma rota alternativa para a trafegabilidade, no entanto, a passagem voltou a normalidade.
Em meio a cheia, a região de Brasiléia conta com 6 abrigos, 8 bairros atingidos, 464 desabrigados e 8.482 desalojados. A cidade tem um efetivo de 879 militares trabalhando, já em Epitaciolândia, há 5 bairros atingidos, 412 desabrigados, 550 desalojados e um efetivo de 56 trabalhadores atuando.
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