Colar o desgaste do PT
Um assunto une os candidatos a prefeito de Rio Branco: mostrar na campanha que o atual prefeito da Capital pertence ao PT, embora este tenha feito de tudo para descolar o seu nome do partido, até no fato de aposentar as camisas vermelhas no guarda-roupa para se mostrar um gestor acima do petismo. O ex-deputado federal João Correia (PMDB) coordenador da campanha à PMRB da deputada Eliane Sinhasique (PMDB), acha difícil o prefeito esconder que é do PT, porque a propaganda no rádio e televisão, nos debates, a oposição irá mostrar ser ele o candidato da presidente Dilma, e com isso mostrar e conscientizar a população que, nele votando, se estará votando no PT e na Dilma. Como a imagem do PT vive o seu momento de maior desgaste desde a sua fundação, a estratégia em si faz sentido.
Não dá para avaliar
Perguntaram ontem, o que eu achava do candidato a prefeito de Rio Branco pelo PSDB, Francineudo Costa. Não dá para avaliar no momento, o que só poderá ser feito no decorrer da campanha. Mas é um nome jovem, com boa qualificação e com o poder de fácil verbalização.
Bom para a democracia
O que é interessante nesta eleição municipal é que a oposição não vem só com um nome de densidade eleitoral, mas com quatro candidaturas parelhas, ou seja, o atual prefeito não correrá solto num debate como na última campanha. Bom para a democracia e para o eleitor.
Deveria ser mais debatido
Continuo sendo parado por comerciantes e sempre com a mesma reclamação: a subida exorbitante da pauta do ICMs. Faltou à equipe de comunicação do governo esmiuçar o assunto e o governo ter feito um debate à exaustão com os comerciantes, que estão revoltados.
Apanhando sem defesa
Neste assunto o governo está apanhando sem reagir, e o que está prevalecendo, seja ou não verdadeiro, é que o reajuste do ICMs é bom para a arrecadação estadual, mas péssimo para os comerciantes. Estamos num ano eleitoral: os comerciantes e seus empregados votam. Ou não?
A campanha vai começar
A publicitária Charlene Lima (PV) conseguiu em 2016 massificar seu nome como candidata à prefeitura de Sena Madureira. Mas, o que vai valer de fato é sua estratégia daqui em diante para consolidar seu nome nas pesquisas como o melhor da FPA. Essencial à sua candidatura.
Único argumento
O único argumento que a Charlene Lima poderá jogar na mesa de discussões da FPA sobre a escolha do candidato à prefeitura de Sena Madureira é ela chegar próximo à convenção municipal como líder das pesquisas. Se não conseguir isso será atropelada na escolha.
Propaganda negativa
Não sei em que o vereador Carlos Portela (PPS) se apega para sustentar que foi um bom marketing aparecer na mídia desnudando os seios de uma vizinha. Mesmo dizendo que foi uma “brincadeira” pegou negativamente para ele entre as famílias de Epitaciolândia.
Bateu o pé
A deputada Leila Galvão (PT) bateu o pé e quer como candidato a prefeito de Xapuri, o ex-prefeito Bira Vasconcelos (PT). O motivo não é só ele ser líder das pesquisas, mas como prefeito, ela ganhará um cabo-eleitoral para a sua reeleição. Estratégia mais do que certa.
Trabalhando de graça
Alguns setores do PT continuam trabalhando de graça para o sucesso de uma possível candidatura do senador Gladson Cameli (PP) ao governo estadual em 2018. Na medida em que o criticam até em fatos triviais estão o colocando em evidência e lhe transformando em vítima.
Não aprenderam ainda?
Não assimilaram ainda que a campanha no rádio e televisão com o quadro “A Escola do Riquinho” foi um fator que teve um peso decisivo na eleição do Gladson para o Senado? Acabou o tempo em que se ganhava a eleição no Acre, quem mais atacava o adversário.
Chicão, o sonhador!
O ex-vereador Chicão Brígido defende a formatação de uma campanha publicitária contra a compra de votos. Meritório o seu objetivo. Só que virou selo das eleições acreanas que somente se elege quem tem recursos para a compra de votos. Competência pouco vale.
Não é só com dinheiro
A compra de votos com dinheiro ainda é um fato menor dentro de uma campanha. O grosso da compra é o uso da máquina pública, o emprego, a quitação de dívidas e outros tipos de favores. A primeira pergunta que um candidato recebe do eleitor é: “vai me ajudar em que?”.
Dentro de um contexto
A frase de que os comerciantes de Cruzeiro do Sul têm responsabilidade na desgraceira em que se encontra hoje a rodovia 364 em alguns de seus trechos, foi dita pelo governador Tião Viana num contexto. É condenável sim se usar caminhão acima da tonelagem permitida.
Em qualquer rodovia nacional
Em qualquer rodovia nacional existem trecho que é estipulado com quantas toneladas um veículo pode transitar. Deixando a discussão de lado: se não vier uma recuperação urgente, a estrada para Cruzeiro do Sul vai fechar com certeza. Ainda não chegamos ao pique do inverno.
Salvou o fim de ano
Não fosse o Ted Fogueteiro, que passa o ano coletando ajuda para fazer a tradicional queima de fogos no bairro da Base, o acreano não teria tido este ano a famosa cascata de fogos de artifício. O governo e a prefeitura entraram só com mijadores móveis, não deram um traque.
O bicho vai pegar
O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, colocou mais quatro investigadores e cinco subprocuradores para agilizar as investigações contra os sessenta parlamentares entre deputados federais e senadores, que estão com os seus casos no STJ e STF. Ou seja: o bicho vai pegar para a classe política, com reflexos no Acre.
No devido lugar
A pesquisa do Centro de Liderança Política e pela Consultoria Tendências, publicada na VEJA, acaba com o carnaval que o Acre é exemplo para tudo, como a mídia oficial gosta de propagar. No ranking dos Estados menos competitivos o Acre ficou no penúltimo lugar. Alagoas foi o último. Como se tratam de institutos sérios não há o que contestar. O Acre foi o pior do Norte.
Algo a comemorar
Mas existe um ponto a se comemorar nesta pesquisa: no quesito Segurança Pública o Acre aparece entre os cinco melhores exemplos para o país. É um registro importante para o trabalho do secretário Emylson Farias, que recebe uma avaliação insuspeita e de institutos sérios. Paraná, o primeiro lugar, ficou com 100 pontos. O Acre, o quinto, cravou 88 pontos.
Caiam na real
Alguns secretários de órgãos públicos se acham donos dos cargos e se melindram com quem não é de bajulações. Esquecem de que o cargo é passageiro, tem prazo para terminar. Quem quiser bajular, lamber botas, que o faça e bom proveito, tratem com estes, não é o meu caso.
Em cima dos fatos
Quem não gostar; se rasgue, mas a conduta da coluna no decorrer da eleição municipal será a de fazer comentários em cima dos fatos, não para agradar. E esta linha que coloca o BLOG do CRICA entre os mais lidos do Acre, e dela não vamos sair para agradar candidato a prefeito.
É para valer
Dos novos candidatos à PMRB quem entrou de cabeça e está direto nos bairros é o deputado Eber Machado (PSDC) e vem se mostrando alegre com a receptividade. Faz uma avaliação pertinente: “onde eu ando sinto um sentimento muito grande de mudança em relação ao PT”
Disputa neste campo
Ninguém se admire se eleição municipal descambar para um plebiscito: quem gosta do PT vota na reeleição do atual prefeito da Capital. Quem não aprova o PT e a Dilma votará contra. A conjuntura política nacional de crise, recessão, desemprego, terá reflexo da disputa da PMRB.
Passa a ter chance
Caso o candidato a prefeito de Feijó, for o ex-prefeito Francimar Fernandes, o PT passa a ter chance concreta de vencer a eleição. Se for o atual prefeito Merla Albuquerque o PT perde. Tem que se levar em conta que o candidato da oposição, Kieffe (PP), é muito forte.
Pouca influência
Quando se trata de eleição majoritária ter realizado obras, como realizou o atual prefeito da Capital, não é decisivo. Tião Bocalon (DEM) não deu um prego numa barra de sabão na Capital e teve uma votação esplendorosa em Rio Branco, derrotando Tião Viana, com várias obras das gestões petistas. Na segunda eleição para o governo, Tião Viana, cuja campanha era coordenada pelo prefeito atual, ganhou por pouco mais de 2.300 votos do Márcio Bittar (PSDB), o que é ínfimo para quem tem o governo e a prefeitura. E na eleição deste ano tem um componente altamente negativo para quem está no poder: o afundamento da imagem do PT.